EDEMA AGUDO DE PULMÃO CARDIOGÊNICO
CONCEITO Edema agudo de pulmão consiste na Insuficiência respiratória súbita e progressiva devido ao extravasamento de líquido seroso para o espaço intersticial e/ou alvéolos pulmonares;
Introdução É uma das formas graves de apresentação das descompensações cardíacas; Resulta em: Hipoxemia, Comprometimento das trocas gasosas(V/P), Redução da complacência pulmonar
FISIOPATOLOGIA Divide-se em 3 etapas: Congestão venocapilar; Edema intersticial; Edema alveolar;
FISIOPATOLOGIA Pressão venosa pulmonar Engurgitamento da vasculatura Pulmonar (Congestão) Aumento no extravasamento de líquido e colóides dos v. capilares p/ o interstício Fluxo linfático Quantidade de líquido extravasado maior que a capacidade da drenagem linfática
FISIOPATOLOGIA EDEMA INTERSTICIAL EDEMA ALVEOLAR Da qtde de líquido no interstício Líquido no espaço extracelular EDEMA INTERSTICIAL EDEMA ALVEOLAR
ETIOLOGIA 85 % são previamente cardiopatas; 70 %são hipertensos prévios; 53 % são valvulopatas; 52 % são diabéticos;
FATORES DESENCADEADORES Emergência hipertensiva, Fibrilação atrial aguda, Síndrome coronariana aguda Sobrecarga volêmica;
OBSERVAÇÃO: A ICC não é capaz de causar edema periférico imediato.
DIAGNÓSTICO Baseado na associação de 2 os mais dos elementos abaixo: História clínica; Exame físico; Exames complementares;
HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO Quadro de: Dispnéia de início agudo ou que piora agudamente; Tosse e expectoração de aspecto róseo; Taquipnéia, sudorese, cianose, agitação e ansiedade; Tiragem intercostal e infraclavicular; Ausculta com estertores difusos com ou sem roncos ou sibilos; Antecedente de doença cardiovascular;
Cianose
Ausculta pulmonar Estertores difusos Com ou sem roncos Com ou sem sibilos;
EXAMES COMPLEMENTARES Gasometria arterial evidenciando: Hipóxia, hipo ou hipercapnia, Alcalose respiratória; Troponinas: Diagnóstico de IAM Killip III Hemograma e eletrólitos;
EXAMES COMPLEMENTARES Raio-x Tórax evidenciando: Edema alveolar peri-hilar ou difuso, Cardiomegalia, Linhas B de Kerley, Derrame pleural;
Raio X de tórax com edema pulmonar
Raio X de tórax com edema pulmonar
Raio X de tórax com edema pulmonar
EXAMES COMPLEMENTARES ECG para diagnosticar: Síndromes coronarianas agudas Arritmias; Ecocardiograma; Buscando valvulopatias
TRATAMENTO SUPORTE RESPIRATÓRIO Oxigenioterapia: Máscara facial aberta 5 a 10 l/min; Ventilação não-invasiva: CPAP ou BIPAP; Suporte ventilatório invasivo, nos casos de: Acidose respiratória, Hipoxemia refratária, IAM, Arritmias, Choque cardiogênico;
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 1ª Linha Nitratos: Dinitrato de isossorbida 5 a 10 mg SL, a cada 5 minutos, até máximo de 15 mg; Furosemida: 0,5 a 1 mg/kg EV, repetir em dose dobrada após 20 minutos Se necessário Morfina: 1 a 5 mg EV, a cada 5 min,dose máxima 15 mg;
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 2ª Linha Nitroprussiato: 0,1 a 5 micrograma/kg/min; Nitroglicerina: 5 a 10 micrograma/min,coronariopatas; Dobutamina: Nos casos de disfunção ventricular E ou hipotensão, sem choque cardiogênico; Noradrenalina ou Dopamina: Nos casos de choque cardiogênico;
OBSERVAÇÕES Membros inferiores pendentes para evitar aumento do retorno venoso. Pode-se utilizar a técnica de amarrar garrote nos 4 membros Se Choque Cardiogênico: Proceder com intubação orotraqueal e sempre priorizar estabilidade hemodinâmica. Nas Taqui ou bradiarritmias: Proceder com intubação orotraqueal e cardioversão elétrica;
Conclusão No nosso meio, as doenças cardiovasculares são as patologias que mais matam. Dentre elas temo a insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana e hipertensão arterial. O edema agudo pulmonar cardiogênio quase sempre decorre de alterações cardiológicas pré-existentes, associada a um fator descompensador.
Conclusão Os fatores que mais determinam EAP são as emergências hipertensivas ou crises hipertensivas, as arritmias tipo fibrilação atrial aguda, as síndromes coronarianas agudas e as sobrecargas volêmicas, principalmente quando já há falha cardíaca (ICC). Todo médico deve estar apto a identificar os sinais e sintomas de um edema agudo pulmonar, tratando ou encaminhando o mais rapidamente possível o paciente. A terapêutica pode variar desde a mais simples terapia medicamentosa, como necessidade de intubação e ventilação mecânica;
Bibliografia Jessup M; Brozena S; Heart Failure N Engl J Med May 15,2003; 348;2007-18 Cecil Textbook od Medicine 22th ed. Saunders, 2004 Yan AT; et al. Narrative Review: Pharmacotheraphy for Chronic Heart Failure. Ann Intern Med. 2005; 142:132-45