Formação do professor da EB Ainda parte do problema.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
PÚBLICO ALVO O curso é destinado a professores que estejam atuando com o Ensino de Música na Educação Básica. Objetivos Analisar e discutir os pressupostos.
Advertisements

FORMAÇÃO CONTINUADA. Dr. Juares da Silva Thiesen (UFSC) Dr. Juares da Silva Thiesen (UFSC) Ma. Maria Aparecida H. Turnes (UNIVALI) Ma. Maria Aparecida.
Edivaldo Moura (91) Coordenação Geral de Educação Superior.
Programas do Livro Camila de Oliveira COARE/CGPLI.
EXPERIÊNCIA DO FILOSOFIA. Histórico A Olimpíada Internacional de Filosofia (International Philosophy Olympiad ou simplesmente IPO) é uma olimpíada de.
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. Bases Legais e Concepção A perspectiva orientadora da educação de jovens e adultos (EJA), em grande parte implementada nos.
RCM 5873 “Tópicos Em Educação nas Profissões da Saúde II” Prof. Dr. Antonio Pazin Filho Profa. Dra. Margaret de Castro Profa. Dra. Maria Paula Panuncio-Pinto.
Processo que ocorre logo após o ingresso da pessoa no serviço público onde são avaliadas sua aptidão, eficiência e capacidade para o desempenho das atribuições.
Instituição do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica Profa. Dra. Catarina de Almeida Santos – Faculdade de Educação/UnB Campanha Nacional Pelo.
Ana Cláudia Kasseboehmer Fevereiro/2012.
Lei de Cotas Lei nº 8.213/91 Adriana Barufaldi SENAI –DN 2013.
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS Conversando sobre educação a distância Mirza Seabra Toschi setembro de 2009.
Reflexões Gerais. A importância do livro na sociedade atual “O livro é de fundamental importância para o desenvolvimento e para o crescimento intelectual.
CONSELHO DELIBERATIVO ESCOLAR (OU CONSELHO ESCOLAR) ESPAÇO PARA EFETIVAÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA FULANO DE TAL GERED DE
Quem somos O Grupo Lusófona assume-se como o maior grupo de ensino de Língua Portuguesa com estabelecimentos de ensino superior e/ou secundário e básico.
Nas Escolas SOFTWARES EDUCACIONAIS. Introdução: Dentre as diversas ferramentas que auxiliam os educandos no processo de aprendizagem tem-se o computador.
 Proposta Curricular de Santa Catarina - Todos os Cadernos  Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Lei nº 9.394, de 20/12/1996  Lei.
E STÁGIO : LEGISLAÇÃO CBD Estágio Supervisionado em Unidades de Informação 2. semestre 2014 Profa Dra. Vânia Mara Alves Lima 1.
INSTITUIÇÃO DA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA PARA PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - ALTERAÇÃO DO ART. 65 DA LDB Audiência Pública no Senado Federal Dia 28 de agosto.
Currículo e Ensino de Ciências. Utopia Finalidade da educação Objetivos Valores Concepções de educação Não neutralidade do currículo, interesses, contexto.
RECUPERAÇÃO CONTÍNUA Resgatando Habilidades em Defasagem
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Diretoria de Políticas de Educação Especial.
Residência Pedagógica e processos de valorização e formação de professores para a educação básica: impasses e desafios Comissão de Educação, Cultura e.
Federação das Apaes do Estado de Minas Gerais REGULARIZAÇÃO DE ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL PARECER Nº 895/13 RESOLUÇÃO Nº 460/13 Maria do Carmo Menicucci.
Ensino médio integrado aos cursos técnicos de nível médio Colóquio A Produção do Conhecimento em Educação Profissional IFRN, Natal, 19 e 20/05/2011 Prof.
ATIVIDADES ACADÊMICO- CIENTÍFICO-CULTURAIS Professor Domingos Aguiar.
O Projeto Político Pedagógico é...
CURRÍCULO E DIVERSIDADES: EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E EDUCAÇÃO PARA OS DIREITOS HUMANOS NOS CURSOS DE BACHARELADO E TECNOLOGIA.
Audiência Pública PLS 284/ 2012 Prof. Rodolfo Pinto da Luz Dirigente Municipal de Educação de Florianópolis/ SC Secretário de Comunicação da Undime.
Fonte: Pesquisa Nacional realizada pelo Conselho Federal de Administração O PERFIL, A ATUAÇÃO E AS OPORTUNIDADES DE TRABALHO PARA O ADMINISTRADOR PROFISSIONAL.
Conhecimentos Pedagógicos – Aula 5 Professores PI e PII CMA Concursos
COMISSÃO DE ESTUDO SOBRE IMPLANTAÇÃO DO HORÁRIO DE TRABALHO PEDAGÓGICO – LEI 11738/2008.
DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011
LAN 5844 PREPARAÇÃO PEDAGOGICA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 2014 Professor responsável Dra. Gilma Lucazechi Sturion
Ministério da Educação Meta 15 do PNE Formação de Professores Outubro de 2015 Meta 15 do PNE Formação de Professores Outubro de 2015.
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID Universidade Federal.
Seminário “O PNE e o futuro da Educação Brasileira" Luiz Dourado CNE.
Instrutivo para Recrutamento e Seleção da Equipe Regional 2011 PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – PIP/CBC IMPLEMENTAÇÃO DOS CBC – ANOS FINAIS DO ENSINO.
PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO (PPC): elaboração e reformulação
Parâmetros Curriculares Nacionais. A elaboração e implantação dos PCNs justifica-se por razões como: Cumprir o artigo 210 do capítulo III da Constituição.
Universidade Federal do Pará Instituto de Letras e Comunicação Faculdade de Letras Disciplina: Política e Legislação Educacional Prof.ª Sônia Rodrigues.
COMPONENTE EXTERNA DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE.
ÁREA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS REFLEXÃO ► LIVRO DIDÁTICO Matriz Curricular PCN/Orientações SPAECE ENEM Conhecimento de Mundo.
Setor: Coordenação Pedagógica & Avaliação PDU Company LOGO Outubro
Aula – 05 – UNIDADE 1 O PAPEL DO PROFESSOR
“Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e a Lei n° , de 25 de junho de 2014,
PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO Formação continuada ANO 2015
Revisitando Teóricos da Pedagogia Philippe Perrenoud Prof. Dr. Robson Santos Slide:
Projeto Professor Diretor de Turma Haidé Eunice G. Ferreira Leite Adaptação: Gilmar Dantas.
IV JUNIC IV SEMINÁRIO DE PESQUISA 2009 Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica –PMUC Acadêmico Natalia Paris Rodrigues Comunicação Social.
Reunião Comitê de Responsabilidade Social. PAUTA Apresentação da profissional encarregada da Responsabilidade Social; Embasamento teórico para a prática.
SEMINÁRIO – REFORMULAÇÃO DO ENSINO MÉDIO: MESA 2 - JORNADA ESCOLAR AMPLIADA E CONDIÇÕES DE OFERTA DO ENSINO MÉDIO Prof. Wisley J. Pereira Superintendente.
Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade –
Avaliação de impacto de programas de formação docente: a experiência do Programa Letra e Vida Adriana Bauer Orientadora: Sandra Zákia Lian Sousa.
Adriana Bauer Orientadora: Sandra Zákia Lian Sousa
“FUNDEB: REFORMULAÇÕES NECESSÁRIAS, PERSPECTIVAS DE PRORROGAÇÃO E DESAFIOS A VENCER ” Raquel Teixeira.
O PPP e a construção de PPCs no IFPA Elinilze Guedes Teodoro - PROEN.
Implementação de Projetos Escolares para escolas que estão com baixo índice de desempenho no Saresp.
ESCOLHA DE LIVROS (PNLD – 2014) DISTRIBUIÇÃO DE LIVROS ANA CAROLINA SOUZA LUTTNER Coordenação de Apoio às Redes de Ensino.
Implantação e Gerenciamento de Avaliação de Desempenho – Experiência do Município de Vitória.
Educação a Distância Universidade de São Paulo Metodologia da Pesquisa e redação cientifica para Licenciatura Ana Carolina da Silva N° USP: Tamara.
Desafios da Implementação da BNCC Proposição de um novo Ensino Médio Participação de professores e estudantes na construção da BNCC Reorganização.
DOCÊCIA NA UNIVERSIDADE MARCOS MASETTO (ORG.). Professor universitário O professor universitário é um profissional da educação na atividade docente. Mas.
CURSO BÁSICO DESPORTO. Objeto e Âmbito Experiência-piloto a iniciar no ano escolar de A experiência-piloto integrará alunos do 7.º ano de escolaridade.
Júlio Gregório Secretário de Estado da Educação do Distrito Federal SEMINÁRIO: “REFORMULAÇÃO DO ENSINO MÉDIO” MESA 3 - FORMAÇÃO DE PROFESSORES E GESTORES.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ ESCOLA DE VERÃO LEIS EDUCACIONAIS Iracema Pinho
PLANEJAMENTO DA AÇÃO DOCENTE Erika dos Reis Gusmão Andrade Rosália de Fátima e Silva DEPED/PPGEd/UFRN 1.
Conselho Estadual de Educação (CEE) Regime de Colaboração entre os Sistemas de Ensino de Mato Grosso do Sul EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.
Trabalho Docente no Setor de Educação Profissional e Tecnológica da UFPR Imagem fonte:
ADAPTAÇÃO CURRICULAR.
Transcrição da apresentação:

Formação do professor da EB Ainda parte do problema

O que dizem os estudos  O investimento no professor é o mais sustentável e o de melhor relação custo-benefício.  A variação na qualidade dos professores tem maior poder explicativo que outros fatores mais “charmosos” como por exemplo o número de alunos por classe ou o dispêndio por aluno.  Professor com curso superior é uma das variáveis que melhor alavanca a melhoria da qualidade das aprendizagens.  Curso superior de formação não alavanca a melhoria das aprendizagens.

 Não tem identidade: em função de sua história, não tem instituição nem projeto pedagógico próprios.  É inorgânica  Dissocidada da realidade da educação básica  Não valoriza a prática PORQUE

A falta de identidade  Vários cursos à procura de uma instituição.  Não tem Projeto Pedagógico próprio.  Desprestigiada  Quer ter status universitário, mas não tem lugar na estrutura universitária brasileira.  Rejeita a institucionalização específica: os ISEs e Normais Superiores.

A segmentação  Professores de atuação multidisciplinar Médio na modalidade normal Pedagogia  Professores de atuação disciplinar Licenciaturas

Dissociação  Teoria X Prática.  O que ensinar X Como ensinar.

A distancia da realidade da educação básica  Não se comunica com as políticas da educação básica.  É responsável pela aprendizagem de alunos que serão os responsáveis pela aprendizagem dos alunos da educação básica: não constitui capacidade de continuar aprendendo naqueles que, pela lei, devem desenvolver em seus alunos a capacidade de aprender. não leva em conta a experiência e o conhecimento prévio de seus alunos – egressos da educação básica – e insiste que esses professores em formação, no futuro, considerem a experiência prévio de seus alunos: ensina o que é “zona proximal” sem aplicar o esse conceito para ensiná-lo.  Emprega metodologias funcionalistas e frontais para ensinar metodologias construtivistas, cognitivistas e ativas.

Dissociada do currículo da EB lar  Embora o currículo da educação básica tenha a competência como organizador dos conteúdos, a formação do professor adota um currículo cujo organizador é a disciplina.  Pretende ensinar contextualização fora do contexto e interdisciplinaridade sem abrir mão da disciplina.

É urgente mudar essa situação.  No plano normativo: assumir o paradigma curricular por competências prescrito pela LDB para a EB.  No plano da gestão da educação básica: alinhar a formação do professor e competências e habilidades que os alunos devem constituir. Implementar modelos inovadores  No plano das IES: rever concepções, práticas e parcerias.  No plano da carreira: estágio probatório; avaliação de desempenho adequada; certificação; mais accountability.

Elementos para um projeto pedagógico da formação do professor

Currículo por competências para formar professores: pré requisitos  Acordo sobre o perfil de bom professor para a EB do Brasil - LDB e normas nacionais.  Currículos para educação básica nos marcos da LDB e das DCNs. Competências para aprender; Competências em nível de disciplina; Conteúdos que servem à constituição dessas compet. Metodologias para tratar os conteúdos de modo a disponibilizá-los disponíveis para serem mobilizados  Alinhamento da formação inicial e continuada do professor ao currículo do sistema de ensino público/escola em que vai atuar.

Princípios pedagógicos  Partir do conhecimento prévio do aluno, professor em formação: ele constituiu as competências da EB? Aprendeu a aprender? Domina os conteúdos curriculares da educação básica?  Definir as competências que o aluno terá de constituir para ser professor : gerais e por área de estudo/disciplina.  Selecionar os conteúdos curriculares necessários para constituir essas competências  Transversalizar as competências de leitura e escrita por todas as áreas de estudo.  Nunca dissociar o estudo dos conteúdos curriculares a serem ensinados, da sua transposição didática.  Assumir a homologia de processos na formação do professor.

Princípios metodológicos  Situações problema.  Aprendizagem baseada em projetos.  Contextualização e interdisciplinaridade.

A Deliberação 111/2012 do CEE de São Paulo sobre formação de professores O avanço possível

 Art. 4º - A carga total dos cursos de formação de que trata este capítulo terá, conforme a legislação em vigor, no mínimo (tres mil e duzentas) para o Curso de Pedagogia e (duas mil e oitocentas) horas para o Curso Normal Superior, assim distribuídas:  I – 800 (oitocentas) horas para formação científico-cultural;  II (mil e seiscentas) horas para formação didático- pedagógica específica para a pré- escola e anos iniciais do ensino fundamental;  III (quatrocentas) horas para estágio supervisionado;  IV – 400 (quatrocentas) horas do Curso de Pedagogia para a formação de docentes para as demais funções previstas na Resolução CNE/CP n. 01/2006. Educ. Infantil e anos iniciais do EF

 Científico cultural de 800 horas, dedicadas aos conteúdos da educação básica.  Didático pedagógica de horas dedicadas à constituição de competências especificamente voltadas para a prática da docência e da gestão do ensino na Educação Infantil e nos anos iniciais do EF. Áreas de formação

Estágio: 400 horas  200 (duzentas) horas de apoio ao efetivo exercício da docência na pré-escola e anos iniciais do ensino fundamental;  100 (cem) horas dedicadas às atividades de gestão do ensino, nelas incluídas, entre outras, as relativas a trabalho pedagógico coletivo, conselho de escola, reunião de pais e mestres, reforço e recuperação escolar.  100 (cem) horas de atividades teórico práticas e de aprofundamento em áreas específicas.

Professores do EM e anos finais do EF  Os cursos para a formação de professores dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio deverão dedicar, no mínimo, 30% da carga horária total à formação didático- pedagógica, excluído o estágio supervisionado.  A formação científico-cultural incluirá na estrutura curricular, além dos conteúdos das disciplinas que serão objeto de ensino do futuro docente, aqueles voltados para o atendimento dos seguintes objetivos: estudos da Língua Portuguesa falada e escrita, da leitura, produção e utilização de diferentes gêneros de textos; utilização das Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs) como recurso pedagógico e para o desenvolvimento pessoal e profissional.

Uma governabilidade possível?  A situação  Os atores  Parceria possível?  Para qual governabilidade?

Obrigada! Guiomar Namo de Mello São Paulo, maio de 2016