Marcos da evolução da Enfermagem em Portugal Batalha LMC, PhD, RN; Amaral-Bastos M, Especialista SIP Madrid, Maio de 2014 La visión profesional del cuidado en Iberoamérica: una perspectiva cultural común
Sumário Apresentação por ordem cronológica dos principais marcos do desenvolvimento da profissão e do ensino da Enfermagem; Análise do que se conseguiu e falta conseguir.
Panorama Geral AnoEnsinoCarreiraCuidados Grupos indiferenciados de pessoas trabalhavam em hospitais e asilos º s Cursos para formar enfermeiros Cumprir prescrições médicas e cirúrgicas e prestar cuidados de enf as Escolas de Enfermagem Modelo biomédico 1952Reestruturação do Ensino Enf. 1979Sistema Nacional de Saúde 1981Nova reestruturação do Ensino Carreira única - docência e prática (V Graus) 1990Integração no Ensino Superior 1992Mestrados 1996 REPE 1998Ordem dos Enfermeiros 1999CLE – 4 anos 2001Doutoramentos Enfermagem 2009 Reformulação: II GrausREPE (Novo) MDP
Evolução da profissão e ensino 1881 – Primeiros cursos concebidos para formar enfermeiros (HUC). Criada a Escola Profissional de Enfermeiros Auxiliares enfermagem, enfermeiros, Enf. Chefes e monitores; Enfermeiros com 3 áreas de atuação: Administrativa; administração da terapêutica; cuidados de higiene.
Evolução da profissão e ensino 1947 Curso pré-enfermagem (preparação de admissão); Curso auxiliar de enfermagem (um ano e 6 meses); Curso Enfermagem especializada (parteiras, psiquiatria); Curso Aperfeiçoamento (formar chefes e monitores); Curso Geral de Enfermagem ; Curso complementar.
Evolução da profissão e ensino Reestruturação do Ensino da Enfermagem Escolas com autonomia técnica e administrativa. Curso auxiliares enfermagem (ingresso 4 classe) Curso Geral de Enfermagem (passou a três anos); Curso complementar (funções de chefia e monitores)
Evolução da profissão e ensino 1967 Divisão da carreira enfermagem em hospitalar, saúde publica e ensino 1971 Reforma dos Serviços de Saúde. Surgiram os Centros de Saúde e os Enfermeiros passaram a dedicar-se a atividades de promoção da saúde e prevenção da doença.
Evolução da profissão e ensino 1974 Extinção do curso de Auxiliares de Enfermagem; 1976 Curso Enfermagem Geral (3 anos) integra conteúdos de: Saúde; Pedagogia,; Gestão; Investigação.
Evolução da profissão e ensino 1979 Criado o Serviço Nacional de Saúde (SNS), consagrando o direito à saúde como um bem Universal e gratuito e organizado em Centros de saúde e Hospitais. Exigência do 12º ano para ingresso no Curso.
Evolução da profissão e ensino 1981 O curso complementar dá origem ao CPAEE e CASE (um ano); Criam-se os Cursos de especialização clínica: Duração: 18 a 24 meses Curricula: Área clínica de enfermagem (especialização); Gestão em enfermagem; Pedagogia; e Investigação). Especialização em Enfermagem Comunitária Especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica Especialização em Enfermagem de Reabilitação Especialização em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica Especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica Especialização em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica
Evolução da profissão e ensino 1981 Criada uma única carreira para todos os enfermeiros com três áreas de atuação, (prestação de cuidados, administração e docência) (Decreto- lei 305/81) grau 1: enfermeiro. grau 2: enfermeiro graduado e enfermeiro-monitor. grau 3: enfermeiro especialista, enfermeiro-chefe e enfermeiro assistente. grau 4: enfermeiro-supervisor e enfermeiro-professor. grau 5:técnico de enfermagem.
Evolução da profissão e ensino 1990 Integração das Escolas Superiores de Enfermagem no Ensino Superior. Escolas integradas no ensino Politécnico, Universidades e não Integradas (43 escolas de enfermagem) Curso de Bacharelato / Licenciatura Definição de nova Carreira da Enfermagem (Decreto-Lei nº 437/91 de 8 de Novembro) que estabeleceu três áreas de atuação: prestação de cuidados, gestão e assessoria. 1992 – Criado os Cursos de Mestrado em Enfermagem
Evolução da profissão e ensino 1996 Publicado o REPE (Decreto-lei nº 161/96 de 4 de Setembro). clarificar conceitos, intervenções e funções, bem e os aspetos básicos dos direitos e deveres dos enfermeiros. Enfermagem é a profissão que, na área da saúde, tem como objetivo prestar cuidados de enfermagem ao ser humano, são ou doente, ao longo do ciclo vital, e aos grupos sociais em que ele está integrado, de forma que mantenham, melhorem e recuperem a saúde, ajudando-os a atingir a sua máxima capacidade funcional tão rapidamente quanto possível.
Evolução da profissão e ensino Cuidados de enfermagem são caracterizados por: Uma interação (enfermeiro e utente, indivíduo, família, grupos e comunidade;) Estabelecerem uma relação de ajuda; Utilizarem metodologia científica; Atuar de acordo com o grau de dependência do utente: a) substituir ou ajudar em competência funcionais incapacitantes c) Orientar, supervisar e informar para estilos de vida saudáveis ou de recuperação d) Encaminhar e) Avaliar As intervenções são autónomas e interdependentes
A função dos enfermeiros: Prestação de cuidados (atuação aos 3 níveis de prevenção) manutenção e recuperação das funções vitais (respiração, alimentação, eliminação, circulação, comunicação, integridade cutânea e mobilidade); Administração de terapêutica; Vigilância; Ensino; Gestão Investigação Formação e assessoria Evolução da profissão e ensino
1998 Criação da Ordem dos Enfermeiros (Dec.-lei nº 104/98 de 21/4) que promove a «regulamentação e disciplina da prática de Enfermagem». Criação dos Padrões de Qualidade em Enfermagem; Definição das Competências do Enfermeiro de Cuidados Gerais;
Evolução da profissão e ensino Padrões de Qualidade em Enfermagem Satisfação do cliente; Promoção da saúde; Prevenção de complicações; O bem-estar e o autocuidado; Readaptação funcional; Organização dos cuidados.
Evolução da profissão e ensino Competências do Enfermeiro de Cuidados Gerais Prática profissional, ética e legal Responsabilidade; Prática segundo a ética; Prática legal Prestação e gestão de cuidados Prestação de cuidados Promoção da saúde; Colheita de dados; Planeamento; Execução; Avaliação; Comunicação e relações interpessoais Gestão de cuidados Ambiente seguro; Cuidados de saúde interpessoais; Delegação e supervisão. Desenvolvimento profissional Valorização profissional; Melhoria da qualidade; Formação continua
Evolução da profissão e ensino 1999 CLE passa a 4 anos: gestão dos serviços, unidades ou estabelecimentos de saúde; formação de enfermeiros e de outros profissionais de saúde; prática da investigação no seu âmbito;
Evolução da profissão e ensino 2001 – Criado Doutoramento em Enfermagem Cursos de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem (não conferem grau académico). Duração de dois a quatro semestres curriculares e carga letiva mínima 900 horas.
Evolução da profissão e ensino 2009 Novo REPE ( Decreto-Lei n.º 248/2009. DR n.º 184, Série I de ) Categorias: Enfermeiro e enfermeiro principal áreas de exercício profissional (hospitalar e de saúde pública); áreas de cuidados de saúde (cuidados primários, continuados e paliativos, na comunidade, pré--hospitalar e de enfermagem no trabalho). Transposição da Diretiva 2005/36/CE (reconhecimento das qualificações profissionais) 3 anos ou 4600 horas (teoria ≥1/3 e EC ≥ ½) 4 anos / 8 semestres / 240 créditos.
Evolução da profissão e ensino 2011 Competências comuns do Enfermeiro Especialista (Regulamento n.º 122/2011) responsabilidade profissional, ética e legal; melhoria contínua da qualidade gestão dos cuidados aprendizagens profissionais Competências especificas das várias especialidades Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública Enfermagem em Pessoa em Situação Crítica Enfermagem de Reabilitação Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem Enfermagem de Saúde Familiar Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica Enfermagem de Saúde Mental
Doutoramentos de Enfermagem em Portugal
Modelo de Desenvolvimento Profissional
O que falta conseguir? Reconhecimento social da profissão; Comprovar a efetividade das intervenções dos enfermeiros (ganhos em saúde); Clarificar a prática profissional (o que fica por fazer se o enfermeiro não está); Clarificação e adoção de um corpo de conhecimento próprio (modelos conceptuais) que oriente a intervenção num modelo (AV, adaptação, transição, autocuidado,….);