A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA INACIO, Hellen Cristina Silva Aguiar 1; NASCIMENTO, Alessandra Pereira 2 Investigar.

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Transcrição da apresentação:

A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA INACIO, Hellen Cristina Silva Aguiar 1; NASCIMENTO, Alessandra Pereira 2 Investigar qual a importância e a influência que a Língua Brasileira de Sinais exerce sobre indivíduos surdos e ouvintes, na perspectiva da Educação Inclusiva. Explica as origens dessa, as dificuldades apresentadas em sua aquisição e explana algumas das muitas abordagens a serem adotadas, pelo professor, no processo de ensino e aprendizagem de alunos com surdez. Adotou-se a metodologia de pesquisa aplicada, numa abordagem qualitativa de natureza explicativa, usando recursos de pesquisa aplicada, baseada em referenciais teóricos de pesquisadores da área, tais como Azeredo (2006), Bertoloti (2007), Carvalho (2007), Jesus (2008), Menezes (2006), Pereira (1990), Quadros (2003), Sacks (1998), Salles (2004), Sassaki (2004), Souza (2007). Analisando essas informações, percebe-se que a Educação Inclusiva tem ganhado cada vez mais espaço no cenário escolar brasileiro, atendendo as necessidades especiais de seus educandos, principalmente de alunos surdos, os quais se utilizam da Língua Brasileira de Sinais para sua efetiva comunicação. A linguagem é o meio principal que o homem utiliza para exercer a sua função de sujeito social enquanto individuo atuante em seu meio. Com o surdo não é diferente, pois este tem utilizado, com cada vez mais aceitação e frequência, a Língua Brasileira de Sinais, a qual permite e facilita seu desenvolvimento linguístico, social, e intelectual favorecendo seu acesso ao conhecimento cultural-cientifico, bem como, a integração no grupo social ao qual pertence. Considerou-se neste trabalho que é necessário superar grandes entraves para que a inclusão de alunos surdos seja completamente efetivada. Mas, salientou-se que esse processo é possível que aconteça, desde que haja a capacitação adequada de profissionais competentes e realmente interessados e dispostos em fazer realidade esses pensamentos. 1 Professora de Língua Portuguesa e Literatura - Especialista em Educação Inclusiva e Psicopedagogia 2 Professora e orientadora do curso de Pós Graduação em Educação Inclusiva da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ituverava e intérprete de Libras. A Educação Inclusiva atenta a sanar as necessidades daquelas pessoas que possuem algum tipo de limitação acentuada, com necessidades especiais, fazendo com que aprendam a viver e a conviver juntos, em sociedade, favorecendo o estabelecimento de uma relação de respeito, cooperação e tolerância comum. Busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de seus educandos. É uma abordagem que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos. INTRODUÇÃO OBJETIVO METODOLOGIA CONSIDERAÇÕES FINAIS DESENVOLVIMENTO A SURDEZ E DEFICIÊNCIA AUDITIVA A surdez é a impossibilidade parcial ou total da capacidade de ouvir, é uma privação sensorial, é a ausência do sentido da audição, que interfere e prejudica a comunicação entre o indivíduo e o meio ao qual atua. Oliver Sacks (1998) considera a surdez e o isolamento que a ausência desse sentido proporciona como: “uma das calamidades mais terríveis, porque é apenas por meio da língua que nos comunicamos livremente com nossos semelhantes, adquirimos e compartilhamos informações” (p. 22). A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) a Língua Brasileira de Sinais – Libras - se caracteriza sendo uma língua propriamente gestual, com todo sua estrutura, usada pela maioria dos surdos brasileiros e reconhecida pela Lei regular do país, sendo derivada tanto de uma língua de sinais autóctone quanto da língua gestual francesa. Segundo Azeredo (2006) a Língua Brasileira de Sinais é um sistema linguístico legítimo, natural, empregado na modalidade gestual-visual e com estrutura gramatical independente da Língua portuguesa falada no Brasil. Para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer os sinais (itens lexicais da língua) que surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação, os quais, juntos compõem as unidades básicas dessa língua, mas também, é necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo comunicação, afastando- a, assim da língua oral-auditiva; fator qual, se mostra comprometedor no processo de aquisição da mesma, tornando uma tarefa árdua para alguns. A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS NA INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS E AS POSSÍVEIS ABORDAGENS A SEREM ADOTADAS POR PROFESSORES NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM Segundo a Lei 9394/96 entende-se por Educação Especial toda modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para o educando portadores de necessidades especiais. Esta lei visa à oferta de serviços de apoio e atendimento educacional especializado aos portadores de necessidades especiais, assegurando currículos, métodos, técnicas, recursos, organização e terminalidade específica a esses alunos, bem como, professores capacitados. Segundo Pereira (1990) o conceito de inclusão é um dos resultados essenciais do principio de normalização. A integração do aluno é o processo. A inclusão é parte fundamental de todo o processo educacional, indo além de colocar ou manter portadores de necessidades especiais em classes regulares. Em vista disso, é necessário que haja inovação nas grades curriculares de cursos em educação, formando profissionais com habilitação em LIBRAS, pois esta língua se mostra uma grande facilitadora na interação professor-aluno, em um meio de aprendizagem. Reconhece-se que a aquisição de um novo idioma é algo que exige esforço, mas é um fator fundamental para o desenvolvimento de um profissional interessado e capacitado para lidar com as necessidades latentes de seus alunos surdos. O trabalho pedagógico com alunos surdos é permeado por práticas pedagógicas diferenciadas. Além de proporcionar um ambiente bilíngue, é imprescindível a realização do atendimento educacional especializado em período diverso as aulas regulares, em salas de recursos, que contam com a presença de um professor intérprete e um instrutor surdo, favorecendo o conhecimento, aquisição e domínio das línguas, natural e materna. LOGO DA FACULDADE