Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH

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Transcrição da apresentação:

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH Daniel Damiani, 2010.

Introdução Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade – TDAH (DSM-IV) 1994 Distúrbio de Déficit de Atenção / Hiperatividade - DDAH (DSM-III-R) 1987 Síndrome do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade e residual – SDA (DSM-III) 1980 1968 Reação Hipercinética Infantil (DSM-II) 1960 Disfunção Cerebral Mínima 1930 Dano Cerebral Mínimo < 1930 Defeito Mórbido do Controle Moral

Introdução Epidemiologia: Transtorno Neurocomportamental da criança e do adolescente. Queixas escolares de desatenção e “agitação” atingem 20 a 25% das crianças. Afeta 3%-7% das crianças em idade escolar. 3-4% dos adultos. Até 60% dos pacientes diagnosticados na infância continuam apresentando sintomas na idade adulta. Diagnóstico em meninos é 3 a 4 vezes mais freqüente do que em meninas. Meninas são subdiagnosticadas????? (Goldman et al, JAMA, 1998;279:1100-1107, Barkley RA, Attention-deficit hyperactivity disorder, In: Mash EJ, Barkley RA, eds, Child Psychopathology, 1996:63-112).

Introdução Etiologia: indeterminada. Fenótipo variado = múltiplas etiologias (???) Caráter hereditário: aumento do risco em até 8x nos filhos. Genética: Alterações de genes que regulam o transporte da dopamina: DAT1. Alterações de genes que codificam receptores de dopamina: DRD2, DRD3, DRD4 e DRD5. Alterações de genes relacionados à enzima COMT. 20-50% dos pacientes adolescentes com TDAH abusam de drogas ilícitas. Fatores de Risco Externos: tabaco e álcool na gestação. Ambiente hostil.

Sintomas do TDAH Déficit de atenção Hiperatividade Impulsividade

Curso do TDAH Inatenção Problemas na Escola Vícios Impulsividade Agressividade Hiperatividade Ansiedade Auto-Medicação Sinais e Sintomas: Tríade Clássica Problemas nos Relacionamento Mediadores Disfunções de Neurotransmissores Neuropeptídeos Anormalidades dos Circuitos Cerebrais Neurotoxinas Imunomediadores Alterações Neuroanatômicas Alergias Intoxicações Alimentares Infecções Crônicas Gatilhos Alterações da Flora Intestinal Alterações do Sistema Imunológico Lesões Cerebrais Toxinas Anormalidades do Desenvolvimento Genética Estresse Deficiências Nutricionais Relações Familiares Problemáticas Fatores de Risco

Sintomas do TDAH HIPERATIVIDADE

Sintomas do TDAH DESATENÇÃO

Sintomas do TDAH IMPULSIVIDADE

TDAH com predomínio de sintomas de desatenção TIPOS DE TDAH TDAH com predomínio de sintomas de desatenção  elevada taxa de prejuízo acadêmico ________________________________________________________________________________________________________ TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade  altas taxas de rejeição e de impopularidade frente aos colegas TDAH combinado = desatenção + hiperatividade/impulsividade  maior presença de sintomas de conduta, de oposição e desafio

Neuropatologia Anormalidade nas conexões striatais-frontais. Desregulação central dos sistemas dopaminérgicos e noradrenérgicos que controlam a atenção, organização, planejamento, motivação, cognição, atividade motora, funções executivas e também o sistema emocional de recompensa. Anormalidade nas conexões striatais-frontais. Desregulação da atividade fronto-cortical inibitória (predominantemente noradrenérgica) nas estruturas striatais (predominantemente dopaminérgica). Leva a déficits na resposta inibitória e outros déficits na função executiva. A eficácia dos agentes noradrenérgicos e dopaminérgicos sugere que esses neurotransmissores desempenham um papel importante. (Zametkin, J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1987; Pliszka SR et al, J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1996;35:264-272).

Neuropatologia

Neuropatologia PET: Hipoperfusão do lobo frontal, striatum, caudado, núcleo accumbens.

Neuropatologia

Neuropatologia TDAH não possuem áreas de inibição tão ativas quanto às crianças normais. Am J Psychiatry 2006; 163:1052–1060

Impacto Escolar Comportamento inadequado em sala de aula. Baixo rendimento escolar. Necessidade de apoio psicopedagógico. Exclusão escolar (suspensões ou expulsão). Repetência. Abandono escolar antes de completar o 2° grau (ensino médio). Problemas com produtividade e motivação. Habilidade reduzida de expressar idéias e emoções. Prejuízo da memória de execução. Problemas na interação social. Problemas no discurso. Problemas no raciocínio verbal.

Curso Clínico - TDAH Problemas acadêmicos Dificuldade de interação social Prejuízo da auto-estima Traumas físicos, problemas legais, tabagismo Fracasso profissional Prejuízo da auto-estima Problemas de relacionamento Traumas físicos / Acidentes Abuso de substâncias Distúrbios do comportamento Pré-escola Adolescência Adulto Idade escolar Adulto-jovem Fracasso acadêmico Dificuldades profissionais Prejuízo da auto-estima Abuso de substâncias Traumas físicos / Acidentes Distúrbios do comportamento Problemas acadêmicos Dificuldade de interação social Prejuízo da auto-estima

Diagnóstico

Diagnóstico CID-10 (TH) Sintomas devem estar presentes nos 3 grupos de sintomas (déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade). Transtornos ansiosos e depressivos são critérios de exclusão. DSM-IV (TDAH) Sintomas podem estar presentes em apenas 1 dos grupos de sintomas (déficit de atenção, hiperatividade ou impulsividade). Permite o diagnóstico de comorbidades.

DSM-IV – Diretrizes Diagnósticas A) Tanto (1) ou (2): (1) Seis ou mais dos seguintes sintomas de desatenção, por no mínimo 6 meses, em um grau mal-adaptativo e inconsistente com o desenvolvimento: a. Não presta atenção aos detalhes ou comete erros por descuido; b. Apresenta dificuldades em manter a atenção; c. Parece não ouvir quando lhe dirigem a palavra; d. Não segue instruções e não termina deveres escolares, tarefas rotineiras ou de trabalho ; e. Apresenta dificuldades com organização; O sintoma deve ocorrer frequentemente!!!!

DSM-IV – Diretrizes Diagnósticas A) Tanto (1) ou (2): (1) Seis ou mais dos seguintes sintomas de desatenção, por no mínimo 6 meses, em um grau mal-adaptativo e inconsistente com o desenvolvimento: f. Evita ou reluta em dedicar-se a tarefas que exijam esforço mental constante; g. Perde coisas necessárias para as tarefas ou atividades; h. Distrai-se facilmente com estímulos externos; i. Esquece as atividades diárias; O sintoma deve ocorrer frequentemente !!!!!

DSM-IV – Diretrizes Diagnósticas A) Tanto (1) ou (2): (2) Seis ou mais dos seguintes sintomas de hiperatividade/impulsividade, por no mínimo 6 meses, em um grau mal-adaptativo e inconsistente com o desenvolvimento: a. É inquieto com as mãos, pés ou se remexe na cadeira; b. Levanta-se da cadeira em sala de aula ou em outras situações em que se esperaria que ficasse sentado; c. Corre ou pula excessivamente em situações inapropriadas (em adolescentes limita-se a uma sensação subjetiva de inquietude); d. É barulhento nos jogos ou atividades de lazer; O sintoma deve ocorrer freqüentemente !!!!

DSM-IV – Diretrizes Diagnósticas A) Tanto (1) ou (2): (2) Seis ou mais dos seguintes sintomas de hiperatividade/impulsividade, por no mínimo 6 meses, em um grau mal-adaptativo e inconsistente com o desenvolvimento: e. Está “a mil por hora” ou age como se fosse movido por um motor; f. Fala em excesso; g. Responde as perguntas antes de elas terem sido terminadas; h. Tem dificuldades em aguardar a sua vez; i. Interrompe ou se intromete no assunto dos outros. O sintoma deve ocorrer frequentemente !!!!

DSM-IV – Diretrizes Diagnósticas B. Alguns dos sintomas de desatenção ou hiperatividade / impulsividade devem já estar presentes causando prejuízo antes dos 7 anos. C. Algum prejuízo decorrente dos sintomas ocorre em dois ou mais locais (ex.: na escola e em casa). D. Clara evidência de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento acadêmico, social ou ocupacional. E. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia ou outro Transtorno Psicótico e não são melhor explicados por outro Transtorno Mental (ex.: Transtorno de Ansiedade ou Humor).

Comorbidades

Comorbidades TDAH Ansiedade Bipolar Depressão Conduta/ Opositor Inquietação X Concentração diminuída Atividade intensificada Distração Irritabilidade

Comorbidades TDAH tem alta comorbidade. Comorbidade define-se na presença de dois ou mais diagnósticos em um determinado paciente. É importante identificar as comorbidades. As comorbidades podem necessitar de tratamentos específicos e independentes do tratamento para TDAH. (%) 60 40 20 Transtorno desafiador de oposição Transtorno ansioso T. Apren- dizagem T. do Humor Transtorno Conduta Tabagismo Abuso de substância Tiques

Comorbidades DIFICULDADE DIAGNÓSTICA!!! Transtorno desafiador de oposição 40% Tiques 11% T. de Conduta 14% TDAH isolado 31% Transt. Ansiosos 34% Transt. do Humor 4%

TDAH e Transtornos do Aprendizado Evidências epidemiológicas, neuropsicológicas e genéticas indicam que TDAH e Transtornos do Aprendizado são distintos e existem de modo independente. DuPaul & Stoner, 1994 A comorbidade entretanto ocorre em até 20% dos casos e deve ser suspeitada nos casos de dificuldades não atribuíveis à desatenção, inquietude ou impulsividade.

TDAH e Dislexia A falta de atenção não é pelo DÉFICIT DE ATENÇÃO simplesmente e sim pela dificuldade na interpretação dos símbolos. O prejuízo ocorre somente em atividades dependentes da LEITURA. No TDAH as atividades de leitura estão preservadas enquanto há possibilidade em manter a atenção sustentada. Esgotada esta possibilidade, há queda de rendimento em todas as atividades.

TDAH e Transtornos Ansiosos DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL T. ANSIOSOS: Prejuízo na atenção, inquietação ansiosa, sobressaltos ansiosos e agitação (o jovem consegue determinar o que o leva a ter medo, preocupação ou alguma fobia). O jovem com TDAH não.

TDAH e Transtornos Ansiosos Resultados de 4 anos de seguimento % do grupo Crianças com TDAH têm risco aumentado de T. de Ansiedade como comorbidade Biederman et al. Arch Gen Psychiatry 1996;53:437-6

TDAH e Depressão Embotamento cognitivo e o prejuízo na concentração confunde com a DESATENÇÃO do TDAH. Agitação e irritabilidade pode também confundir com a HIPERATIVIDADE.

TDAH e Depressão TDAH = BIPOLAR TDAH X BIPOLAR GRANDIOSIDADE SEXUALIDADE FUGA DE IDEIAS TEMPESTADE COMPORTAMENTAL Ex: BATER BOCA COM PROFESSORES (Geller et al,1999) DISTRATIBILIDADE FALA ACELERADA AGITAÇAO PSICOMOTORA IMPULSIVIDADE

Prognóstico TDAH é uma doença crônica. Até 60% dos jovens com TDAH continuarão apresentando sintomas do TDAH na idade adulta. Adultos geralmente são diagnosticados após reconhecerem seus próprios sintomas do TDAH infantil. Adultos com TDAH têm sintomas similares aos das crianças com TDAH, porém: Com diagnóstico mais difícil devido à comorbidade; Sem critérios de diagnóstico no DSM-IV; Com menos hiperatividade; Com dificuldades sociais e profissionais; Com características mais complexas.

Tratamento Terapias Medicamentoso Multidisciplinares Orientações Pais/Escola

COMPORTAMENTAL MEDICAMENTOSO The MTA Cooperative Group. Arch Gen Psychiatry 1999; 56: 1073-1086 COMPORTAMENTAL MEDICAMENTOSO COMPORTAMENTAL +MEDICAMENTOSO ATENDIMENTO COMUNITÁRIO

RESULTADO DO ESTUDO MTA Todas as modalidades terapêuticas foram eficazes* Medicação (MPH) isolada Medicação + tratamento comportamental Eficazes e superiores aos abaixo Tratamento comportamental isolado Tratamento comunitário *Mais eficazes que placebo com P < 0,05

Terapia Comportamental Programas de treinamento para pais é geralmente considerada a terapia comportamental mais efetiva. Programas de treinamento para pais combinados com medicação aumenta aceitação da medicação pelos pais. Tratamento em conjunto com a escola é mais efetivo, entretanto estas estratégias devem fazer parte de um programa. Estratégias individuais isoladas não têm conseguido bons resultados.

Terapia Medicamentosa Estimulantes do SNC: Metilfenidato, derivados Anfetamínicos, Pemoline. Antidepressivos: Imipramina, Noramitriptilina, Amitriptilina, Bupropiona, outros. Antihipertensivos: Clonidina. Comorbidades: Neurolépticos, Estabilizadores do humor, Ansiolíticos, outros.

Terapia Medicamentosa Estimulantes Metilfenidato 0,3 a 1,0 mg/kg/dia (Recomendados Derivados Anfetamínicos 0,3 a 0,9 mg/kg* como drogas de Dextroanfetamina 0,3 mg/kg/dia* primeira linha) Pemoline 0,5 a 2,0 mg/kg/dia* Antidepressivos Imipramina 1 a 3 mg/kg/dia Amitriptilina 0,5 a 2 mg/kg/dia Bupropiona 75 a 300 mg/dia Antihipertensivos Clonidina 0,05 a 0,2 mg/dia * Não estão disponíveis no Brasil

Terapia Medicamentosa - Metilfenidato A eficácia do metilfenidato é evidenciada em um grande número de estudos controlados randomizados que comprovam sua ação para redução de sintomas de déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade, durante o seu uso. Atua impedindo a recaptação de NA e Dopamina. O uso do metilfenidato é subsidiado por vários guidelines como NICE, SIGN, AAP, AACAP e europeus. 133 estudos controlados randomizados com metilfenidato foram publicados antes de 19961 1. American Academy of Clinical and Adolescent Psychiatry Official Action. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 2002; 41 (Suppl 2); 26S–49S

Terapia Medicamentosa - Metilfenidato Efeitos Colaterais: taquicardia, insônia, anorexia, alteração do humor, dor de estômago, cefaléia, HAS, febre, convulsões, agressividade, queda de cabelo.

Estratégias Escolares 1) Estabelecer regras na sala de aula que estejam em exposição. 2) Fornecer instruções claras e objetivas sobre as tarefas de casa. 3) Dividir instruções complexas em partes. 4) Planejar atividades acadêmicas durante as horas matinais. 5) Dar frequentes e regulares descansos. 6) Acomodar a criança longe das distrações e próximo a alunos que deem bons exemplos de comportamento. 7) Formatar pequenos grupos, quando possível, porque crianças com TDAH ficam facilmente distraídas em grupos grandes. 8) Treinar o aluno com TDAH a reconhecer pistas para começar a trabalhar. 9) Estabelecer um sinal secreto com o aluno, que serve para relembrá-lo quando ele está se comportando mal. 10) Ajudar a criança na transição das atividades, como por exemplo, dar 5 minutos de aviso antes.

Estratégias Escolares 11) Designar tutores para ajudar nas tarefas. 12) Concentrar em algum tipo de comportamento que deseja mudar e reforçar a mudança com atitudes positivas. 13) Oferecer reforços positivos, porque funcionam mais que os negativos. 14) Explicar ao aluno o que precisa ser feito para evitar consequências negativas. 15) Recompensar o bom comportamento imediatamente e continuadamente. 16) Usar reforço negativo somente depois de ter dado tempo suficiente da tentativa da técnica do reforço positivo. 17) Caso seja necessário usar reforço negativo, usar de uma maneira firme e autoritária, sem demonstrar emoções ou explicações longas.

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