Câncer Gástrico David B N Figueiredo Raphael França Thales Gropo Vitor Guerhardt Carvalho
Situação Atual No Brasil ►Prevalência ► Relação homem x mulher ► Pico de incidência Tipo histológico mais comum ► Adenocarcinoma gástrico ► Linfoma ( principalmente não-Hodgkin )
Adenocarcinoma gástrico
Epidemiologia Áreas de elevada incidência: Japão, Chile e Rússia Áreas de baixa incidência: Estados Unidos e Austrália ► Consideração de fatores ambientais
Histopatologia Classificação de Lauren : Tipo intestinal Tipo difuso ►55-60 anos ► 40-48 anos ► diferenciado ► indiferenciado ► formações glândulares ► s/ formações glândulares ► expansivo ► infiltrativo ► estômago distal ► estômago proximal
Fatores de risco
Aspecto macroscópico Classificação de Bormann :
Aspecto macroscópico Classificação Japonesa :
Manifestações clínicas Sintomas mais comuns: ► Perda ponderal ► Dor epigástrica aspectos da dor ► Náusea causas ► Anorexia
Manifestações clínicas ► Disfagia comum nas lesões fúndicas ► Melena Anemia ferropriva ► Saciedade precoce
Exame Físico
Síndromes Paraneoplásicas Tromboflebite e trombose recorrente ( Síndrome de Trouseau ) Ceratose seborréica difusa ( Sinal de Leser-Trelat ) Acantose Nigricans Síndrome nefrótica
Diagnóstico Endoscopia digestiva alta EDA + biópsia + exame citológico do escovado da mucosa ► indicações dispepsia em: paciente > 45 anos ou presença de sinais de alarme ► classificação macroscópica principal localização: incisura angularis ► úlceras gástricas em locais atípicos
Diagnóstico SEED Emprego da técnica de duplo contraste ► Diferenciação entre úlceras malignas e benignas ► Considerado exame de triagem Sinais radiológicos que sugerem malignidade
Estadiamento O estadiamento deve incluir: a) órgão e tecido de origem do tumor; b) classificação histopatológica do tumor; c) extensão do tumor primário: tamanho ou volume; invasão de tecidos adjacentes; comprometimento de nervos, vasos ou sistema linfático; d) locais das metástases detectadas; e) dosagem de marcadores tumorais;CEA,ca 72.4 f) estado funcional do paciente.
Estadiamento Pré-op Exame clínico: hepatomegalia, ascite, linfonodos, toque retal e vaginal Rx tórax (M) Exame de sangue: hepatograma, bioquímica, albumina US endoscópico TC abdominal Videolaparoscopia
Tratamento Cirurgia: única chance de cura 20 a 50% inop na apresentação Condições para cirurgia: M0 Risco cirúrgico Margem de 5/6cm Pós-op: Evitar VNI CNE (Obs: Dobbhoff)
Cirurgia TU de terço distal: Gastrectomia subtotal com reconstrução a Billroth II
Cirurgia TU de terço médio ou corpo: Gastrectomia total com esofagojejunostomia término-lateral em Y de Roux
Cirurgia TU de fundo e/ou cárdia: Gastrectomia total com esofagectomia distal e esofagojejunostomia em Y de Roux
Linfadenectomia
Linfadenectomia
Linfadenectomia D1: LN perigástricos até 3 cm das margens do TU D2: D1 + LN gástrico esquerdo, esplênico e do tronco celíaco. D3: D2 + LN do ligamento hepatoduodenal, da cabeça do pâncreas e mesentérico do delgado.
LS é o primeiro linfonodo a receber a drenagem linfática de um tumor e que pode ser detectado após injeção peritumoral de marcadores (Figura 1).
Linfadenectomia Mikulics (1889): idéia inicial da linfadenectomia extensa (D2) no CaG e também a remoção do pâncreas distal, ainda hoje defendida por vários autores e caracterizada como padrão-ouro no tratamento cirúrgico no CaG. Porém, tal definição pode estar mudando especialmente nos tumores na fase inicial EC T1/T2 A literatura mostra inúmeros trabalhos principalmente provenientes do Japão que já validam a gastrectomia modificada com linfadenectomia seletiva para o CaG em fase inicial EC T1/T2
Linfadenectomia Ichikura et al. utilizando Tecnécio (99mTc) e corante indocianina em CaG com estadiamento T1N0M0 demonstrou que é possível a realização de procedimento cirúrgico gástrico segmentar com linfadenectomia regionais em pacientes com biópsia de LS negativa, realizada por congelação intra-operatória(Figura 2).
Linfadenectomia Constata-se uma falta de uniformidade entre as diversas publicações, sendo que, as diferenças metodológicas na seleção de uma casuística, irregularidades no tempo ou na periodicidade do seguimento clínico dos pacientes, assim como a escolha de uma análise estatística inadequada para um determinado objetivo, podem ter como conseqüência, a determinação de variáveis ou fatores prognósticos com sensibilidade ou até mesmo validade estatística questionáveis. (Catalano F, Trecca A, Rodella L, Lombardo F, Tomezzoli A, Battista S, et al. The modern treatment of early gastric cancer: our experience in an Italian cohort. Surg Endosc. 2009 Mar 5)
Terapia Adjuvante LN acometido ou invasão de estruturas adjacentes Radioquimioterapia (5-flouracil + ácido folínico) – 3 anos de sobrevida
Terapia Paliativa Quimioterapia: 5-flouracil + ác Folínico + etoposídio ECF – Epirubicina + Cisplatina + 5-flouracil Dilatadores pneumáticos e Stents Jejunostomia Radioterapia para controle de sangramento, dor ou obstrução
Terapia curativa endoscópica Câncer gástrico precoce Sem esvaziamento de LN Indicações: TU mucoso, não ulcerado, bem diferenciado, <2cm de diâmetro (I ou IIa) TU < 1cm IIb ou IIc Obs: N+ TU mucoso 3% N+ TU submucoso 20%
Prognóstico Estágio IA: 80 a 95% Estágio IB: 60 a 85% Estágio II: 35 a 55% Estágio IIIA: 20 a 35% Estágio IIIB: 8 a 10% Estágio IV: 7%
Linfoma gástrico ► 5% dos cânceres gástricos ► Localização extranodal mais comum dos linfomas: Estômago Intestino Delgado
Linfoma Gástrico Tipos histológicos: ► Linfoma difuso de grandes células (55%) ► Linfoma de baixo grau de linfócitos B da zona marginal (40%) ► Diagnóstico: Biópsia endoscópica ► TC avalia linfonodos abaixo e acima do diafragma ► US endoscópico avalia invasão de mucosa e submucosa
Linfoma Gástrico Linfoma difuso de grandes células: ► Gastrectomia radical com radio e quimioterapia ► Estudos recentes ► Esquema CHOP (ciclofosfamida, doxorrobicina,, vincristina e prednisona). Complicações sem a gastrectomia: ► Hemorragia ► Perfuração
Linfoma Gástrico Linfoma de baixo grau de linfócitos B da zona marginal ► Linfoma MALT ► Erradicação do H. Pylori – sobrevida de 5 anos para o paciente ► Gastrectomia total e radio e quimioterapia
Linfoma gástrico
Referência Clínica Médica - Harrison 16 ed Clínica Médica - Cecil 23 ed Clínica Médica - Antônio Carlos Lopes 2 ed Clínica Cirúrgica - HC FM USP 2 ed Técnica Cirúrgica - Madden 2 ed www.unicamp.br ABCD Arq Bras Cir Dig 2010;23(3):192-195 Catalano V, Labianca R, Beretta GD, Gatta G, de Braud F, Van Cutsem E. Gastric cancer. Crit Rev Oncol Hematol. 2009 Feb 19. Catalano F, Trecca A, Rodella L, Lombardo F, Tomezzoli A, Battista S, et al. The modern treatment of early gastric cancer: our experience in an Italian cohort. Surg Endosc. 2009 Mar 5. Castro, Osvaldo Antonio Prado.Fatores prognósticos nas gastrectomias com linfadenectomia D2 por adenocarcinoma gástrico. São Paulo, 2008.