TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Aula 2 – Engenharia da Resiliência e Arquitetura Organizacional

Conteúdo Programático desta aula Entender que Engenharia da Resiliência constitui em técnicas desenvolvidas pelas organizações, visando promover a sua recuperação mais rápida diante dos problemas; Compreender a importância estratégica da Arquitetura Organizacional para formatação de um modelo empresarial vencedor.

Resiliência e a capacidade de superação As empresas estão envolvidas por ondas de crise, que impactam os seus desempenhos operacional e financeiro; de um lado, os problemas dos déficits fiscais que trazem desequilíbrios nas contas do estado; de outro, a acirrada concorrência global, exigindo esforços maiores de todos os colaboradores, para gerar inovações que aumentem a lucratividade do negócio. Ambas as situações exigem várias competências para superar o momento de crise, mas uma que se destaca é a capacidade de Resiliência.

Resiliência e Engenharia da Resiliência Enquanto a Resiliência é a capacidade de superação que uma pessoa possui diante de momentos difíceis, a Engenharia da Resiliência seria a capacidade de uma organização resistir e se superar diante de situações de crises inesperadas; O importante é que ela passou a integrar os processos destinados a realizar melhorias contínuas na organização; Passando a fazer parte dos Sistemas de Qualidade que dão sustentação às organizações, pois torna cada gestor mais qualificado para lidar com as situações difíceis de mercado.

Engenharia da Resiliência – um exemplo O Cirque du Soleil é constantemente citado como exemplo de empresa que se reinventou, abriu as portas de um novo mercado e se tornou vencedora. Seu fundador, Guy Laliberté, conseguiu criar uma organização altamente lucrativa em um mercado decadente, cujo baixo potencial de crescimento era ponto de destaque nas análises estratégicas tradicionais. Outra questão, é o fato dele ser caracterizado como circo, mas não concorrer com os circos tradicionais porque seu foco era outro.

Engenharia da Resiliência – um exemplo Tradicionalmente a indústria circense objetiva cativar as crianças, enquanto o Cirque du Soleil tem como objetivo o adulto. Ocorreu o surgimento de uma nova concepção de espetáculo circense, que foi planejado e produzido para mexer com o imaginário dos adultos. Diante da história da companhia, seu fundador mostrou característica de resiliência, além de ter revelado ser um empreendedor de sucesso, pois construiu uma organização sólida tendo como pilares a criatividade e a qualidade.

Arquitetura Organizacional A Arquitetura Organizacional é definida como a forma de articulação dos vários sistemas, estruturas, processos e estratégias que constituem uma instituição . Os criadores de novas arquiteturas organizacionais devem considerar e prever em suas estruturas, liberdade e agilidade na tomada de decisões. Por isto, os novos desenhos dessas novas estruturas apontam a preferência pelo formato modular, pois aumentam a rapidez para serem implantadas. Em um mundo marcado pelas incertezas, a busca por vantagem competitiva impacta diretamente nos novos desenhos organizacionais.

Arquitetura Organizacional – exemplos O Beleza Natural é um exemplo da experiência de transformar um simples salão de beleza que existe aos milhares pelo Brasil, numa rede de salões especializada em cabelos crespos e ondulados. Contando com 13 lojas espalhadas por 3 estados e mais de 1700 empregados, a empresa deu a grande guinada quando mudou a arquitetura organizacional do negócio, implantando o conceito de “linha de produção” nesse tipo de atividade.

CONCLUSÃO Diante das ondas de incertezas e mudanças cresce a importância da resiliência e de sua aplicação por meio da Engenharia da Resiliência no mundo das organizações, permitindo que elas ampliem suas capacidades de detecção, de antecipação e de ação preventiva, de forma a fazer face às ameaças de um ambiente mais instável para as atividades empresariais. Podemos dizer que o conceito de arquitetura organizacional consiste na ruptura do paradigma do passado, caracterizado pela centralização do poder das decisões e rigidez na hierarquia, para um modelo que qualifica os recursos da empresa destinados à competição global.