EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS : Aprendizagem ao longo da vida 2008 - 2009 Superintendência de Educação Básica Diretoria de Educação Básica Coordenação de.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Diretoria Regional de Educação Itaquera DOT-P/CEFAI
Advertisements

Edital n° 3/2009 Resolu ç ão FNDE n° 51 de 15 de dezembro de 2008.
QUAIS OS DIREITOS DESSES SUJEITOS?
Justificativas: Incorporar os avanços já presentes na política; Dar suporte aos municípios que estão implantando a Educação Infantil; Consolidar os.
CURSO DE FORMAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA, ACESSO À ÁGUA E CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO FGP / SAN – ÁGUAS – CISTERNAS / 2011 PROJETO CISTERNAS NAS ESCOLAS E A.
SENGE-PR Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná.
Cultura de Paz Experiências Educacionais no Brasil Audiência Pública Câmara dos Deputados outubro de 2015.
Reunião Pedagógica Educação Infantil 2012 Coordenadora Pedagógica: Ana Cristina Fonseca 1.
FORMAÇÃO CONTINUADA. Dr. Juares da Silva Thiesen (UFSC) Dr. Juares da Silva Thiesen (UFSC) Ma. Maria Aparecida H. Turnes (UNIVALI) Ma. Maria Aparecida.
GEOMETRIA PARA ALUNOS SURDOS POR MEIO DO TANGRAM
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. Bases Legais e Concepção A perspectiva orientadora da educação de jovens e adultos (EJA), em grande parte implementada nos.
Formação do professor da EB Ainda parte do problema.
Instituição do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica Profa. Dra. Catarina de Almeida Santos – Faculdade de Educação/UnB Campanha Nacional Pelo.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
CONSELHO DELIBERATIVO ESCOLAR (OU CONSELHO ESCOLAR) ESPAÇO PARA EFETIVAÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA FULANO DE TAL GERED DE
Nas Escolas SOFTWARES EDUCACIONAIS. Introdução: Dentre as diversas ferramentas que auxiliam os educandos no processo de aprendizagem tem-se o computador.
Coordenações Gerais da Educação Básica e da Diversidade/PROEN Coordenadora: Gleice Isaura
Currículo e Ensino de Ciências. Utopia Finalidade da educação Objetivos Valores Concepções de educação Não neutralidade do currículo, interesses, contexto.
Escolas Sustentáveis. Caderno temático Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis ://conferenciainfanto.mec.gov.br/index.php/
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Diretoria de Políticas de Educação Especial.
Residência Pedagógica e processos de valorização e formação de professores para a educação básica: impasses e desafios Comissão de Educação, Cultura e.
Ensino médio integrado aos cursos técnicos de nível médio Colóquio A Produção do Conhecimento em Educação Profissional IFRN, Natal, 19 e 20/05/2011 Prof.
O Projeto Político Pedagógico é...
CURRÍCULO E DIVERSIDADES: EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E EDUCAÇÃO PARA OS DIREITOS HUMANOS NOS CURSOS DE BACHARELADO E TECNOLOGIA.
METODOLOGIA DO DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARTICIPATIVO - DRP
CONTAG Secretaria de Formação e Organização Sindical Política Nacional de Formação do MSTTR.
Projeto Literário e de Desenho Categoria: Cidadania na Educação Objetivo: Estimular diante do espaço educacional a pesquisa e a criatividade, na busca.
REDE DE APOIO - refletirmos sobre o contexto em que estamos inseridos e as relações que podemos estabelecer a partir desse lugar no qual, nos relacionamos.
 Discente: Fernanda Maria Da Silva  Docente: Dra. Giovana Gomes Albino  Disciplina: Didática  Curso: Licenciatura em Física.
COMISSÃO DE ESTUDO SOBRE IMPLANTAÇÃO DO HORÁRIO DE TRABALHO PEDAGÓGICO – LEI 11738/2008.
GT DE PEDAGOGOS Março/2011. Apontamentos do GT de Fevereiro/2011: As dificuldades para sistematização das práticas pedagógicas no cotidiano escolar.
DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011
S E D S Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social.
Avaliação Pedagógica Política Nacional do Livro Júnia Sales Pereira Coordenadora Geral de Materiais Didáticos Secretaria de Educação Básica Ministério.
GESTÃO DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL NA PERSPECTIVA FREIREANA Eliete Santiago UFPE/DAEPE Cátedra Paulo Freire/UFPE.
Curso de Gestão Democrática CENTRO MUNICIPAL DE ESTUDOS E PROJETOS EDUCACIONAIS JULIETA DINIZ – CEMEPE Júnia Alba Gonçalves Iraídes Reinaldo da Silva.
POR UMA EDUCAÇÃO QUE O BRASIL MERECE. 28 CENPEC anos À SERVIÇO DE UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE PARA TODOS.
“Instrução do Projeto de Lei da Câmara nº 37, de 2013 “Dispõe sobre Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas” Leandro Fialho MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/
Seminário “O PNE e o futuro da Educação Brasileira" Luiz Dourado CNE.
Instrutivo para Recrutamento e Seleção da Equipe Regional 2011 PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – PIP/CBC IMPLEMENTAÇÃO DOS CBC – ANOS FINAIS DO ENSINO.
Projeto de pesquisa : A abordagem cultural da educação física na educação infantil Elina Elias de Macedo.
PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO (PPC): elaboração e reformulação
Panorama (rápido) da Educação Básica no Brasil O desafio da equidade Brasília, 11 de abril de 2012.
Parâmetros Curriculares Nacionais. A elaboração e implantação dos PCNs justifica-se por razões como: Cumprir o artigo 210 do capítulo III da Constituição.
O Observatório de Favelas atua como uma rede sócio-pedagógica, com uma perspectiva técnico-política, integrada por pesquisadores e militantes vinculados.
Universidade Federal do Pará Instituto de Letras e Comunicação Faculdade de Letras Disciplina: Política e Legislação Educacional Prof.ª Sônia Rodrigues.
XXIV Fórum Estadual das Secretarias Municipais de Educação/RS
Curso: Licenciatura Plena em Física Disciplina: Didática Prof. Giovana Gomes Albino Tendência Progressista Libertadora Origem e concepções.
Porto Alegre, 3 de abril de MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FÓRUM ESTADUAL DA UNDIME RIO GRANDE DO SUL.
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Aprendizagens ao longo da vida.
Aula – 05 – UNIDADE 1 O PAPEL DO PROFESSOR
Compromisso com a criança, o adolescente e a educação
PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO Formação continuada ANO 2015
Projeto Professor Diretor de Turma Haidé Eunice G. Ferreira Leite Adaptação: Gilmar Dantas.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (Ilma Passos Alencastro Veiga, 2006, Papirus Editora)
CARTA DE INTENÇÕES- LITORAL ENCONTRO REGIONAL PARA IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SÓCIO EDUCATIVO - SINASE - NO ESTADO DE SÃO PAULO As.
SEMINÁRIO – REFORMULAÇÃO DO ENSINO MÉDIO: MESA 2 - JORNADA ESCOLAR AMPLIADA E CONDIÇÕES DE OFERTA DO ENSINO MÉDIO Prof. Wisley J. Pereira Superintendente.
Avaliação de impacto de programas de formação docente: a experiência do Programa Letra e Vida Adriana Bauer Orientadora: Sandra Zákia Lian Sousa.
O PPP e a construção de PPCs no IFPA Elinilze Guedes Teodoro - PROEN.
Ministério das Comunicações Secretaria de Inclusão Digital.
Finalidades e princípios constitucionais da educação. QUARTO CAPÍTULO DO CURSO DE DIREITO EDUCACIONAL.
ESTUDO DA REALIDADE, PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMAÇÃO CIDADÃ NA ORGANIZAÇÃO DE UMA PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO DE TEATRO. Introdução: O ensino de.
A Questão da Diversidade na Base Nacional Comum Curricular
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E A DIDÁTICA
CURRÍCULO Se entendia currículo como se encontra no dicionário; Uma concepção meramente técnica, voltada para questões relativas a procedimentos, métodos.
OFICINA DA REDE DE OBSERVA Ç ÃO 18 de agosto de 2006 OBSERVATÓRIO DA EQÜIDADE Campo de observação na fase piloto O campo de observação é indicado pelo.
Projeto Territórios Digitais. História; Parcerias; Funcionamento; Público; Sustentabilidade; Projetos; Territórios Digitais;
PLANEJAMENTO DA AÇÃO DOCENTE Erika dos Reis Gusmão Andrade Rosália de Fátima e Silva DEPED/PPGEd/UFRN 1.
Gestão para o Sucesso Escolar – Supervisores O desafio da sustentabilidade das políticas educacionais e das propostas pedagógicas de melhoria da escola.
ADAPTAÇÃO CURRICULAR.
Transcrição da apresentação:

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS : Aprendizagem ao longo da vida Superintendência de Educação Básica Diretoria de Educação Básica Coordenação de Educação de Jovens Adultos

Garantia do Direito dos Jovens e adultos à Educação Básica A proposta pedagógica da EJA está pautada pelo dever do Estado de garantir a Educação Básica à pessoas jovens e adultas na especificidade dos tempos humanos. A Educação de Jovens e Adultos deve levar em conta as formas de trabalho, sobrevivência dos jovens e adultos populares, principais destinatários dessa modalidade de educação. Consequentemente, deverá ser orientada pelos ideários da Educação Popular:formação social, política e profissional.

Garantia do Direito dos Jovens e adultos à Educação Básica Para a garantia do Direito dos Jovens e Adultos à Educação Básica o currículo deverá ser pautado numa pedagogia crítica que considera a educação como dever político, como espaço e tempo propício a emancipação dos educandos e à formação da consciência crítico-reflexiva e autônoma. É o acesso ao Conhecimento, à Riqueza Cultural, à Diversidade de Linguagens e à Consciência Corporal que devemos assegurar na EJA.

A EJA tensiona o compromisso do Estado com o Direito a Educação O Estado e sua Rede de Educação, suas políticas e instituições assumindo o seu dever de garantir o direito a Educação Básica de pessoas jovens e adultas amplia o reconhecimento do direito a educação e amplia também o seu dever de garantir este direito na especificidade do tempo dos jovens e adultos.

A EJA tensiona o compromisso do Estado com o Direito a Educação A 1ª condição para garantir o Direito da Educação dos jovens e adultos é conhecer quem são os sujeitos da EJA e que saberes e fazeres são construídos neste tempo de vida, suas experiências e vivências de trabalho e ainda sobrevivência nas cidades e nos campos.

São sujeitos da EJA Jovens, Adultos e Idosos; homens e mulheres que lutam pela sobrevivência nas Cidades ou nos Campos. Em sua maior parte são negros e, em especial, mulheres negras. São moradores/moradoras de localidades populares. Operários e operárias assalariados(as) da Construção Civil, Condomínios, Empresas de Transporte e Segurança... Também, são trabalhadores e trabalhadoras de atividades informais vinculadas ao Comércio e Setor Doméstico.

Sujeitos da EJA Faz parte da vivência concreta deste coletivo, o exercício do papel de mãe, pai, avós, líderes ou membros de associações de bairro, de classe etc. São sujeitos que se educam nas mais diferentes formas de trabalho, de organização social (Família, Religião, Comunidade, Associações, Sindicatos...) e ainda no espaço e tempo da escolarização dos seus filhos e netos. São diversos e vivem na diversidade produzindo cultura e conhecimento. Colocam-se, portanto, na Educação de Jovens e adultos como sujeitos de Direitos à Formação e Desenvolvimento Humano Pleno.

Sujeitos da EJA No cenário educacional configuram-se enquanto àqueles que não tiveram passagens anteriores pela escola ou ainda àqueles que não conseguiram acompanhar e/ou concluir a Educação Fundamental, evadindo da escola pela necessidade do trabalho ou por Histórias margeadas pela exclusão por raça/etnia, gênero, questões geracionais, de opressão etc. Atualmente, é pacífico afirmar que, do público que efetivamente freqüenta os programas e cursos da EJA, é cada vez mais reduzido o número de sujeitos que não tiveram passagens anteriores pela escola e o crescimento da demanda indica, em número cada vez mais crescente, a presença de adolescentes e jovens recém-saídos da Educação Fundamental, onde tiveram passagens acidentadas.

Miguel Arroyo nos alerta! Os jovens-adultos populares não são acidentados ocasionais que, gratuitamente, abandonaram a escola. Esses jovens e adultos repetem histórias longas de negação de direitos. Histórias que são coletivas. As mesmas vivenciadas por seus pais e avós; por sua raça, gênero, etnia e classe social.

Abrangência da Educação de Jovens e Adultos Considerando... o art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), considera-se criança a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade Programas do Governo Federal, a ex. do Pro-Jovem (no Campo e na cidade) e PROEJA, delimitam a participação à jovens a partir dos 18 anos; o Estado da Bahia, compreendendo a EJA enquanto Modalidade apropriada ao jovem e adulto trabalhador, indica que esta modalidade atenda, a jovens (a partir dos 18 anos), adultos e idosos.

Abrangência da Educação de Jovens e Adultos Os adolescentes (14 a 18 anos incompletos) deverão ter garantido o direito ao processo de formação em projetos próprios à Educação Fundamental (Atualização do Percurso Escolar: reintegração do aluno)

Compromissos do Estado com a Educação de Jovens e Adultos 1. Inserir a EJA no campo de Direitos Coletivos e de Responsabilidade Pública; 2. Assumir a Política de EJA na atual política do Estado, definida no documento Princípios e Eixos de Educação na Bahia. 3. Assegurar a EJA como oferta de educação pública de direitos para jovens e adultos com características e modalidades adequadas às suas experiências de vida e de trabalho, garantindo as condições de acesso e permanência. EJA como direito humano pleno que se efetiva ao longo da vida.

Compromissos do Estado com a Educação de Jovens e Adultos 4. Fazer a Opção político-pedagógica pela Educação Popular; Teorias psicogenéticas; Teoria Progressista / Freireana (à luz da visão do ser humano integral) 5. Adotar como eixos Eixos Educativos a identidade, o trabalho, a cultura, a diversidade, a cidadania, os Movimentos Sociais e a Pedagogia da Libertação 6. Garantir o Princípio Básico de que todo ser humano tem direito a formação na especificidade de seu tempo humano

Outros Princípios caros à EJA:  Reconhecimento dos saberes dos educandos  Fazer junto  Dialogicidade

Pressupostos Teórico-Metodológicos  Os coletivos de Educandos e educadores(as) como protagonistas: educação, formação e desenvolvimento humano;  Reconhecimento e valorização do amplo repertório de vida dos sujeitos da EJA: saberes, culturas, valores, memórias, identidades...  Processos pedagógicos que acompanhem a formação humana na especificidade dos sujeitos jovens e adultos;

Pressupostos Teórico-Metodológicos  Currículo que contemple a diversidade de gênero, orientação sexual, raça/etnia, cultura, valores e vivências específicas– construção coletiva;  Metodologia adequada às condições de vida dos jovens e adultos e relacionadas ao mundo do trabalho. Deve, portanto, possibilitar a problematização da realidade existencial favorecendo o aprender a conhecer e o fazer fazendo;  Tempo pedagógico específico destinado ao processo de formação, de modo a garantir o acesso, a permanência e a continuidade dos tempos de formação;

Pressupostos Teórico-Metodológicos  Material didático adequado a este tempo de educação, objetivando o desenvolvimento da pluralidade de dimensões da formação humana. Deve explorar pedagogicamente as potencialidades formadoras do trabalho, como princípio educativo;  Processo de aprendizagem, socialização e formação respeitando e considerando a diversidade de vivências, de idades, de saberes culturais e valores dos educandos;  Assegurar a oferta de EJA para o diurno, considerando a especificidade dos tempos de vida e de trabalho (trabalhadores do noturno, donas de casa...);

Pressupostos Teórico-Metodológicos  Matrícula permanente adaptada a diversidade e formas de vida, trabalho, espaço, tempo dos jovens e adultos populares.  Garantir a inserção da EJA no Projeto Político Pedagógico da escola, de forma a contemplar as especificidades, e considerando os princípios e pressupostos que devem nortear a implementação desta prática pedagógica;  Construir e formar coletivos de educadores(as) com formação própria para a garantia da especificidade do direito a educação dos jovens e adultos populares.

Perfil do Educador de EJA  Ter formação Inicial e/ou em Serviço ou experiência com os tempos da juventude e vida adulta;  Conhecer a comunidade e sua formação: como vivem e trabalham os jovens e adultos;  Participar, conhecer, entender os Movimentos que se organizam em prol de conquistas para os populares;  Comungar com os ideários e exercitar os princípios da Educação Popular;

Perfil do Educador de EJA  Cooperar de forma crítica e competente na elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola, assegurando direitos para a EJA;  Construir uma prática dialógica nos espaços, tempos e processos de EJA, considerando os saberes da vida como conteúdos fundantes do processo pedagógico;  Entender e respeitar de maneira positiva a diversidade de território, idade, gênero, sexo, raça/etnia, crenças e valores, assumindo-a como elemento pedagógico;  Apresentar projeto de trabalho solidário para intervenção na realidade sócio-política-cultural dos educandos da EJA.

ESTRUTURA CURRICULAR Buscamos reconstruir a EJA a partir de posturas afirmativas e olhares não escolarizados, pois a EJA não deve ser comparada a um suposto modelo ideal de escolarização. Objetivamos, então:  A construção coletiva da nova Política de EJA;  A elaboração de uma Proposta Curricular organizada em aprendizagens por Tempos Humanos, Eixos temáticos e Temas Geradores. Estes últimos organizam e organizam-se nas diferentes áreas do Conhecimento;  Assegurar a superação do pensar e do fazer pedagógico organizado por disciplinas. Faz-se preciso reformar o nosso pensamento para que possamos formar os sujeitos da EJA não mais por disciplinas, mas sim por áreas do conhecimento, as quais devem dar conta de explicar as questões sociais. Assim, caberá aos educadores o pensar/planejar coletivo.

Formação dos Educadores O processo de Formação inicial e continuada dos educadores da Educação de Jovens e Adultos deve ser construído no contexto da nova Política de EJA, assumida pelo Estado. Portanto deve considerar:  Os Princípios e Eixos da Educação na Bahia;  Os Tempos Humanos de Aprendizagem;  A Concepção de Educação de Jovens e Adultos, construída na e em Rede;  O caráter circular da Estrutura Curricular: Tempos Formativos – Eixos Temáticos – Temas Geradores – Áreas do Conhecimento.

A EJA FRENTE À DIVERSIDADE Caberá à Coordenação de Educação de Jovens e Adultos estabelecer o diálogo com as Coordenações da Diretoria de Inclusão e Diversidade, de forma a construir, em parceria, projetos de Educação de Jovens e Adultos Indígenas, dos Campos e com Necessidades Educativas Especiais. Estes devem apresentar estrutura, funcionamento e currículo adequado à demanda específica e, portanto só poderá ser construído junto aos coletivos que representam cada segmento.

GARANTIA DO INGRESSO DE ALFABETIZANDOS (AS) NA EJA A Coordenação de Educação de Jovens e Adultos deve estabelecer contínuo diálogo com a Coordenação de programas de alfabetização, no sentido de, coletivamente, garantir a continuidade dos estudos dos (as) alfabetizandos e alfabetizandas nos cursos de EJA. Para tanto, se estabelecem as seguintes etapas: 1. levantamento dos municípios que já oferecem cursos de EJA; 2. estudo das possibilidades do município incluir na sua rede os egressos do Programa; 3. orientações aos municípios que ainda não oferecem cursos de EJA, mas buscam implantá-lo para atender a demanda; 4. mapeamento dos coletivos que não serão atendidos pelas redes municipais;

GARANTIA DO INGRESSO DE ALFABETIZANDOS (AS) NA EJA 5. identificação das Escolas da Rede Estadual, em cada município, que já oferecem ou deverão passar a oferecer cursos de EJA; 6. articulação com as Diretorias Regionais (DIREC) para indicação das Escolas que funcionarão como Escolas de Vinculação ou com Anexos para atender aos egressos do programa que habitam nos Distritos e Povoados e não apresentam meios de locomoção para a escola mais próxima. Nestes casos o professor vinculado à escola indicada é que se locomove para os Postos de Extensão ou Anexos; 7. matrícula dos egressos em Escolas da Rede Estadual.

MODELO CURRICULAR

ORIENTAÇÕES PARA O ACOMPANHAMENTO DO PERCURSO DA APRENDIZAGEM A Educação de Jovens e Adultos deve levar em conta a especificidade dos tempos humanos e as diversas formas de organizar a vida, o trabalho e a sobrevivência dos coletivos populares. Faz- se necessário, então, interrogarmos quais referenciais deverão orientar o acompanhamento da aprendizagem dos educandos(as)? Como os educadores e educandos (re)orientarão o trabalho educativo? Quem são esses educandos? Que saberes trazem? Como eles aprendem? Quais os seus desejos, expectativas e necessidades de aprendizagem?

ORIENTAÇÕES PARA O ACOMPANHAMENTO DO PERCURSO DA APRENDIZAGEM Sendo assim, e considerando que a proposta aqui apresentada centra-se no processo de aprendizagem, indicamos que não haja retenção dos educandos (as) entre os eixos temáticos, salvo se a freqüência for insuficiente a ponto de inviabilizar o acompanhamento do processo formativo pelo educador. Neste caso, o educando (a) poderá retornar ao processo do ponto onde parou.

ORIENTAÇÕES PARA O ACOMPANHAMENTO DO PERCURSO DA APRENDIZAGEM Em relação à progressão entre os Tempos Formativos (Aprender a Ser, Aprender a Conviver e Aprender a Fazer) indica-se que a progressão do educando(a) tenha por base os critérios de aprendizagens previamente estabelecidos pela SEC/CJA e Unidade Escolar, os quais consideram os objetivos gerais de cada área do conhecimentso indicados pelo MEC, através da Proposta Curricular da EJA. Considera-se ainda que os critérios de acompanhamento da aprendizagem devem ser conhecidos por todos os sujeitos do processo educativo.

CARGA HORÁRIA DO PROFESSOR  12 horas em sala de aula  02 horas em projeto a definir