A Globalização e o Novo Papel do Estado em Gestão de Pessoas Burocracia, profissionalismo e gestão Associação Brasileira de Recursos Humanos – ABRH 1o. FPAP Brasilia, 3 a 5 de junho de 2008 Dr. Theo van der Krogt Secretário Geral - EAPAA
Burocracia, a Organização do Estado & do Setor Público As grandes organizações são burocracias: regras, procedimentos e hierarquia Problema: flexibilidade e adaptação A maioria das organizações do Estado são burocracias grandes e complexas Setor Público: provendo o bem estar geral O Setor Público é muito maior que a organização do Estado
Globalização Um mundo menor Mais comércio e empresas internacionais Mais cooperação internacional Mais choques econômicos Mais choques culturais Mais choques políticos
O novo papel do Estado De: entregar serviços e produtos Para: criar condições De: Gestão de processo Para: Gestão de resultados De: supervisão direta Para: controle de qualidade
Gestão de Pessoas Globalização requer pessoal internacionalmente orientado Compreendendo a globalização Compreendendo diferenças culturais Aceitando diferenças
O novo Papel do Estado em Gestão de Pessoas Modelo para outros empregadores Equilíbrio entre política e profissionalismo Reorganização do Estado: privatização e poder de ação do governo Desenvolviento da gestão de pessoas no setor terciário
Freidson: O Terceiro Tipo Ideal Freidson, 2001: Profissionalismo – a terceira lógica Três formas de organização do trabalho: Adam Smith: mercado> suprimento e demanda Max Weber: burocracia > hierarquia, regras e ordens Eliot Freidson: profissionalismo> autonomia discricionária
Características do profissionalismo A ocupação tem controle sobre o trabalho Às vezes, também, monopólio de : Educação Acesso ao mercado de trabalho Criação de conhecimento e habilidades Hierarquias de profissões com uma ordem negociada
Crenças que embasam o Profissionalismo Tarefas a desempenhar ou problemas sobre os quais trabalhar, falta de uniformidade e incerteza são altas. Certos tipos de trabalho são tão especializados que são inacessíveis para quem não tem treinamento e experiência requeridos. Não pode ser padronizado ou simplificado Assim, é preciso de autonomia no uso de conhecimento e habilidades.
Profissionalismo é baseado em confiança Confiança de que o profissional utilize conhecimentos e habilidades no interesse do cliente Confiança de que o proifissional assuma o compromisso Confiança de que o profissional seja independente Por conseguinte. O número de regras deve ser limitado: autonomia.
O Setor Público como uma atividade profissional Muitos profissionais trabalham para o governo e terceiro setor (organizações sem finalidade de lucro) Poder discricionário informal Autonomia relativa A tarefa gerencial é garantir as finanças
Desenvolvimentos de impacto Normatização de organizações públicas > nova gestão pública Redução do tamanho do governo Perda de legitimidade da política institucionalizada: forte demanda pelo primado da Política Profissionalização do gestor público
Mudança para os Profissionais Profissionais trabalham sobre sistemas de desempenho empresariais e lógicas de mercado Primado da política não restrito aos profissionais e políticos interferem mais A mídia está procurando constantemente por comportamentos não profissionais
Tendência de desprofissionalização Políticos querem controlar Orçamentos Instruções de trabalho Gestores são orientados para desempenho (principalmente eficiência) Racionalização de processos de trabalho Mecanismos de planejamento e controle
Foco no indivíduo O trabalho moderno é multidisciplinar Gestores tentam influenciar profissionais No entanto, profissionalismo é: Orientado para profissionais individualmente mono-disciplinar
Profisssionais num campo de forças Colegas (mesma profissão e organização) Clientes / pacientes Público (especialmente a mídia) Administração Regulamentadores Financeiros Políticos
Diferentes tipos de Profissionais Públicos Executores de políticas Consultores / assessores de políticas Assessores técnicos Controladores de políticas Gestores públicos
Há um futuro para o Profissionalismo? Aliança entre profissionais e gestores no Setor Público Reconhecer a natureza híbrida : profissional e público Respeitando e salvaguardando padrões profissionais Aceitando as realidades de recursos escassos, clientes emancipados e pressões públicas Aceitando a realidade política
Do individual para o coletivo Até agora: profissionalismo é individual por natureza. Por que não o tratar como característica de uma unidade? Unidades de (semi) profissionais com um gestor profissional, garantido poder discricionário como uma unidade.
Condições Trabalho profissional Maximização do desempenho Desenvolvimento contínuo Asseguração de qualidade Regras disciplinares / disciplinadoras.
O gestor profissional de profissionais Comunicar valores compartilhados Ainda planejar e controlar, mas basicamente inputs – outputs e qualidade Facilitar o trabalho profissional Proteger os profissionais de burocracia e pressões políticas Estimular os profissionais a melhorar efetividade, qualidade e eficiência Gestão individual do profissional
O primado da política revisitado Responsabilidade política limitada à institucionalização do acima descrito: redução da possibilidade de outros agirem irresponsavelmente Indicadores de desempenho deveriam ser mais que simples metas isoladas O primado da política e leis disciplinadoras do profissionalismo em si deveriam ser compementares
Conclusões Necessário elaboração e experimentação Muitas questões permanecem, como:: Atuação discricionária e autonomia limitadas à unidade? As unidades devem sera acreditadas? Aplicável a alguns profissionais públicos: exectores e controladores de políticas – assessores técnicos.