CONSCIÊNCIA & ATIVIDADE

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Transcrição da apresentação:

CONSCIÊNCIA & ATIVIDADE FAM- Psicologia Social II 2008 CONSCIÊNCIA & ATIVIDADE Disciplina: Psicologia Social II Profa: Carolina F. de C. de Carvalho FAM: 6º semestre Psicologia Referência Bibliográfica: CODO, W. O fazer e a consciência. Em: LANE, S. T. M. e CODO, W. (orgs) Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 3ª edição, 1985. pp:48-57. LANE, STM. Estudos Sobre a Consciência. . Psicologia & Sociedade , 8(2): 95-105, jul/dez 1996. Profa. Carolina Freire de C. de Carvalho

CONSCIÊNCIA & ATIVIDADE O psicológico é definido como atividade do homem de registrar a experiência e a relação que mantém com o ambiente sócio-cultural. O homem está em relação dialética com este mundo O mundo psicológico se constitui a partir da relação do homem com o mundo objetivo, coletivo, social e cultural.

CONSCIÊNCIA & ATIVIDADE A humanidade necessária para que o homem se torne humano está na cultura, nas coisas construídas pelo homem que se objetivaram na cultura, nas relações sociais, nos outros, nas formas de vida, no meio, que é um meio humano, porque construído pela atividade humana, pelo trabalho. O psicológico se constitui, não no homem, mas na relação do homem com o mundo sócio-cultural.

CONSCIÊNCIA & ATIVIDADE Cabe à Psicologia compreender o indivíduo em sua singularidade, internalizando e expressando sua condição histórica e social, sua ideologia e relações vividas. (Aguiar, 2001) A psicologia deveria também guiar-se pelo princípio da gênese social da consciência, pois o sujeito é resultado das formas de relação e só dessa forma pode ser compreendido” (Vygotsky,1998 apud Aguiar 2001)”

ATIVIDADE ATIVIDADE é capacidade de usar o pensamento enquanto instrumento de ação. Vygotsky: a atividade humana não é internalizada em si, mas é uma atividade significada como um processo social, mediada semioticamente.

ATIVIDADE É através da atividade externa que se criam as possibilidades de construção da atividade interna. “O homem transforma a natureza com sua atividade por meio dos instrumentos, assim, transforma-se a si próprio.” (Aguiar, 2001, p.98)

FAM- Psicologia Social II 2008 CONSCIÊNCIA “A consciência deve ser vista como um SISTEMA INTEGRADO, numa processualidade permanente, determinada pelas condições sociais e históricas, que num processo de conversão se transformam em produções simbólicas, em construções singulares” (Aguiar, 2001, p.98) A realidade objetiva não depende de um homem em particular; ela preexiste e, nessa condição, passará a fazer parte da subjetividade de um homem em particular. Profa. Carolina Freire de C. de Carvalho

FAM- Psicologia Social II 2008 CONSCIÊNCIA Nega-se a dicotomia OBJETIVIDADE x SUBJETIVIDADE, que passam a ser vistas numa relação de mediação, na qual um É através do outro, sem no entanto, se diluírem nem perderem sua identidade. O Homem produz sua própria existência, para tanto se relaciona com os outros. Portanto, PRODUZ e é PRODUZIDO pelo outro. Profa. Carolina Freire de C. de Carvalho

CONSCIÊNCIA VYGOTSKY,1991: “A característica essencial da consciência reside na complexidade da reflexão, no fato de que nem sempre resulta exato refletir, ou seja, pode haver alterações da realidade que ultrapassam os limites do visível e da experiência imediata, exigindo a busca de significados que não são observados diretamente.” (p.17 apud Aguiar, 2001)

CONSCIÊNCIA Porém, a consciência não é uma cópia fiel da realidade!!! “A CONSCIÊNCIA se constitui a partir dos próprios signos, ou seja, de instrumentos construídos pela cultura e pelos outros que, quando internalizados, se tornam instrumentos internos e subjetivos da relação do indivíduo consigo mesmo” (Aguiar, 2001)

3 ASPECTOS DA CONSCIENTIZAÇÃO FAM- Psicologia Social II 2008 3 ASPECTOS DA CONSCIENTIZAÇÃO O SER HUMANO TRANSFORMA-SE AO MODIFICAR SUA REALIDADE; MEDIANTE A GRADUAL DECODIFICAÇÃO DO SEU MUNDO, A PESSOA CAPTA OS MECANISMOS QUE A OPRIMEM E DESUMANIZAM; O NOVO SABER DA PESSOA SOBRE SUA REALIDADE CIRCUNDANTE A LEVA A UM NOVO SABER SOBRE SI MESMA E SOBRE SUA IDENTIDADE SOCIAL. Martin-Baró (1996) Profa. Carolina Freire de C. de Carvalho

FAM- Psicologia Social II 2008 CONSCIENTIZAÇÃO A conscientização não consiste, portanto, em uma simples mudança de opinião sobre a realidade, em uma mudança da subjetividade individual que deixe intactas a situação objetiva. O comportamento deve ser visto à luz de seu significado pessoal e social, do saber que põe de manifesto, do sentido que adquire a partir de uma perspectiva histórica. Martin-Baró (1996) Profa. Carolina Freire de C. de Carvalho

FAM- Psicologia Social II 2008 ASSIM... “A CONSCIÊNCIA deve ser vista como INTEGRADA e MULTIDETERMINADA, marcada por uma processualidade constante, na qual é possível a reconstrução interna do mundo objetivo” (Aguiar, 2001) POIS “Não há pessoa sem família, aprendizagem sem cultura, loucura sem ordem social, um saber sem um sistema simbólico, uma desordem que não se remeta a normas morais e a uma normalidade social.” Profa. Carolina Freire de C. de Carvalho