Articulação estratégica e intervenção profissional Estratégias e trajetórias REFERÊNCIA Faleiros, Vicente de Paula. Estratégias em Serviço Social. 10.

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Transcrição da apresentação:

Articulação estratégica e intervenção profissional Estratégias e trajetórias REFERÊNCIA Faleiros, Vicente de Paula. Estratégias em Serviço Social. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2008. (Pág. 83-95)

Objetivo Compreender a importância da valorização das trajetórias dos sujeitos na construção de estratégias profissionais.

Inicialmente, devemos entender que a ação ou intervenção profissional não se baseia em um conjunto de passos preestabelecidos; A intervenção é definida a partir de uma análise da relação entre o contexto histórico e as trajetórias sociais de fragilização e fortalecimento do sujeito.

E o que são as trajetórias sociais? São os percursos de vida dos sujeitos, marcados por um processo de mudanças de relações. Esse processo de mudança de relações tem como consequências: Rupturas que se manifestam em desavenças, revoltas, resistências, deslocamentos; e Continuidades que se manifestam como acomodações, integrações, tradições, repetições.

Nas palavras de Faleiros, “a trajetória dos dominados tem a marca da exclusão social enquanto processo de marginalização dos bens culturais, econômicos, políticos, de lazer, familiares, afetivos que constituem os patrimônios”, adquiridos ao longo da vida através das relações sociais individuais ou contextuais; Há, por exemplo, patrimônios simbólicos (culturais) que são vividos tanto por dominantes quanto por dominados como a religião, paixão pelo futebol e certos hábitos culturais; Os patrimônios simbólicos referem-se a crenças, valores e referências culturais que constituem a identidade de uma pessoa.

As trajetórias sociais são processos de desestruturação e estruturação de referências e patrimônios, que podem representar fracassos ou sucessos. Exemplo: Num dado momento um indivíduo pode ser casado, lavrador, pequeno proprietário; em outro, perde a propriedade da terra e vê-se obrigado a migrar para outro lugar, tornando-se separado, ambulante, urbanizado, favelado

Análise do filme: Ultima parada, 174 Descreva a trajetória e o processo de construção e desconstrução dos patrimônios do personagem “Alessandro”, correlacionando com o texto “Estratégias e trajetórias” de Faleiros. Em grupos de até 5 (cinco) pessoas; Entregar dia 26/11/2015. Valor do trabalho: 3 (três) pontos.

A partir da compreensão e identificação da trajetória, elaboram-se as estratégias de intervenção profissional As estratégias são processos de articulação e mediação de poderes (econômicos e sociais) e mudança de relações de interesses, referências e patrimônios em jogo, ou seja, uma análise de toda a trajetória do sujeito; As estratégias requerem rearticulação dos patrimônios, buscando-se a “re-produção” e a “re-presentação”. Re-produzir-se: necessidades de sobrevivência nas relações dadas historicamente; Re-presentar-se: processo de reconstrução da identidade.

As estratégias e trajetórias não são lineares, mas implicam mudanças e decisões que fortalecem ou enfraquecem os processos de referência, de autonomia, de atendimento às necessidades; O Serviço Social se inscreve num contexto institucional permeado de conflitos, de lutas, de jogos de poder e recursos, e participa da articulação de estratégias que dependem das correlações de força e, portanto, da conjuntura e da situação concreta

Não é apenas linguagem o instrumento de ação do assistente social, mas o trabalho complexo de relacionar, correlacionar, propor, acompanhar, avaliar e se implicar em trajetórias e estratégias; As estratégias estão vinculadas às trajetórias e, portanto, devem visar à rearticulação dos patrimônios, referências e interesses fortalecendo o poder dos sujeitos dominados nas suas relações sociais.