NEUROPSICOLOGIA, COGNIÇÃO E AÇÃO NOS ESPORTES COLETIVOS Guilherme Menezes Lage

Neuropsicologia Neuropsicologia do esporte Funções executivas (FE) nucleares Estudos que investigaram o impacto das FE no esporte

Construto complexo caracterizado pela interação de diferentes dimensões que transcende as fronteiras de um determinado domínio do conhecimento. Observa-se um número crescente de pesquisas sobre esse tópico também na Neuropsicologia. (LAGE et al., 2010).

lesões cerebrais adquiridas Neurociências Neuropsicologia Ciências Cognitivas lesões cerebrais adquiridas (Cernich et al., 2007) Papel da cognição no desempenho (Lage et al., 2011)

Neuropsicologia do Esporte?

Neuropsicologia do Esporte Nós não estamos sozinhos!

E o papel da cognição no desempenho? (Lage et al., 2011)

Nas modalidades esportivas de alta estratégia a cognição é fundamental para os processos de seleção de resposta. (MATIAS; GRECO, 2010). Há uma constante mudança no ambiente (ex., mudança na posição do oponente e dos companheiros de equipe) que força o atleta a inibir respostas pré-planejadas, antecipar ações e coordenar os segmentos corporais com base em um fluxo complexo e dinâmico de informações sensoriais. A seleção de respostas deve envolver a coordenação de várias funções executivas (LAGE et al., 2011).

FUNÇÕES EXECUTIVAS E O GERENCIAMENTO DA COGNIÇÃO E DO COMPORTAMENTO DIRECIONAR COMPORTAMENTOS À METAS SELECIONAR ESTRATÉGIAS. MONITORAR A EFICIÊNCIA DE TAIS ESTRATÉGIAS RESOLVER PROBLEMAS CONSIDERANDO A ESCALA TEMPORAL IDENTIFICAR NOVOS OBJETIVOS, METAS E ESTRATÉGIAS FUNÇÕES EXECUTIVAS FACILITADORAS DA ADAPTAÇÃO À CONTEXTOS NOVOS E COMPLEXOS

Marteniuk (1976)

FLEXIBILIDADE COGNITIVA MEMÓRIA OPERACIONAL CONTROLE INIBITÓRIO FLEXIBILIDADE COGNITIVA Mudar a perspectiva ou a abordagem a um determinado problema Resistir a estímulos prepotentes ou a ação prematura Manter uma informação na memória e trabalhar essa informação Tomada de decisões Raciocínio abstrato Solução de problemas Planejamento Diamond (2013)

Serrien, Ivry e Swinnen (2007)

CONTROLE INIBITÓRIO

IMPULSIVIDADE Padrão comportamental: produção de respostas rápidas sem uma reflexão adequada; geração de erros devido ao baixo foco atencional e perceptivo. (MOELLER et al., 2001; MOBINI et al., 2006).

ATENÇÃO MOTORA PLANEJAMENTO 15 atletas CPT-II IGT Scout de 11 partidas do Campeonato Mineiro de 2007. (Vieira, Greco e Chagas, 1990)

? Disfuncional Disfuncional Maior impulsividade atencional relacionada à menor número de bolas roubadas. Disfuncional Maior impulsividade motora relacionada à maior número de bolas rebatidas pelo goleiro. Disfuncional Maior impulsividade cognitiva relacionada a um menor número de bolas bloqueadas pela defesa. ?

Impulsividade funcional Maior impulsividade cognitiva relacionada a um menor número de invasão de área. Resultados contra-intuitivos? Processamento refletido dos sujeitos menos impulsivos envolve consciência e lentidão. (BECHARA; VAN DER LINDEN, 2005). Fator de restrição ao bom desempenho em situações de maior demanda temporal e espacial. Impulsividade funcional (Dickman, 1990) Habilidade para pensar, agir e falar rapidamente. (Reeve, 2007)

Impulsividade funcional Alvo PI Menos impulsivos mais precisos. Alvo PI Mais impulsivos mais precisos. Impulsividade funcional (Reeve, 2007)

FLEXIBILIDADE COGNITIVA CONTROLE INIBITÓRIO FLEXIBILIDADE COGNITIVA Funções cognitivas predizem o sucesso do atleta CONTROLE INIBITÓRIO Atletas de esportes de habilidades abertas apresentam melhor controle inibitório.

CONTROLE INIBITÓRIO CONTROLE INIBITÓRIO Atletas mais talentosos apresentam melhor controle inibitório. CONTROLE INIBITÓRIO Atletas apresentam melhor controle inibitório e tomada de decisão do que não atletas.

TOMADA DE DECISÃO AFETIVA Melhor comportamento tático defensivo e comportamento tático de jogo para atletas com melhor desempenho na tomada de decisão afetiva. ? Moleculares Endofenótipos Inato ou adquirido

NEUROPSICOLOGIA, COGNIÇÃO E AÇÃO NOS ESPORTES COLETIVOS Guilherme Menezes Lage menezeslage@gmail.com