Como conseguir o manejo para uma boa governança?
São decisivos: os valores e normas entranhados no meio social, existência e funcionamento de redes, a história das inter-relações entre agentes/atores e os mecanismos institucionais
Benefícios econômicos do chamado capital social: Maior conhecimento mútuo, aumentando a previsibilidade sobre o comportamento dos agentes, reduzindo a possibilidade de comportamentos oportunistas e propiciando maior compromisso em relação ao grupo
Contribui para os processos de aprendizagem, de criação e compartilhamento de conhecimentos e habilidades. INOVAÇÃO, não no sentido de apenas inovações tecnológicas, mas inclusive de inovações organizacionais, também nas instituições.
PODER Poder de influenciar o comportamento de outros com ou sem resistência
PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL TORTUOSO Incerteza, complexidade e singularidade Não é possível ser aprisionado, isto é, a trajetória é definida ao caminhar
CONTRUÇÃO COLETIVA Atores e agentes precisam se apropriar, tomar posse, sobretudo os agentes decisivos Sua participação vai desde a determinação de objetivos, estratégia, meios, definição de iniciativas e com mais razão na execução e acompanhamento História e experiências distintas dos diversos atores/agentes
CONFIANÇA Há um vivenciamento anterior dos atores e organizações. Decisivo para o sucesso das ações conjuntas Confiança é algo que se faz com as sucessivas interações provocadas pelas experiências de colaboração Não é imutável, inclusive, vale lembrar podendo regredir Deve ser motivo de atenção permanente
NÍVEIS DE CONFIANÇA Auto-confiança dos empresários; Confiança nas instituições; Intra-empresas; Entre as instituições, sobretudo as locais; Entre empresas FONTE: Manual de Atuação em APL, FIESP-MDIC
O QUE MUDARIA HOJE NO PROJETO OU NA COORDENAÇÃO DA REDEROCHAS Diagnóstico do capital social Havia uma crença minha e da equipe que de forma natural ao pôr os atores a refletir surgiriam projetos Avaliação externa Utilização de instrumentos da pesquisa ação Ainda que no projeto fundador foi pensado projetos com e para as empresas não foi o que aconteceu
DO PROJETO FUNDADOR DO GMC – Grupo de Melhoria Conjunta OBJETIVO: Promover melhorias nas áreas produtivas e de gestão, através da comparação e respectiva análise das diferenças, de índices de performance entre as empresas participantes do programa.
O ponto básico da filosofia do programa é a aprendizagem coletiva. Não se trata de fornecer soluções, mas que empresários e operadores tornem prática corrente a reflexão sobre suas rotinas, processos e resultados, e realizem experimentos visando melhorar a performance. Com isto pretendemos conseguir um processo de aprendizagem do tipo espiral contínua e ascendente.
RESULTADOS DE ALGUMAS PESQUISAS Schimitz analisando vários clusters em diversos países: atitude ativa frente às ações conjuntas é extremamente benéfica, inclusive para sustentação em momentos de crise Vários trabalhos de Suzigan e outros: Fator chave do sucesso varia. Insucesso da governança em Franca: assimetria de poder econômico exercido por grandes empresas Cario: associações de classe e instituições de apoio não foram de importância nos 28 APLs examinados
PONTOS CRÍTICOS PODER, e com mais razão no caso da coordenação ser por pessoas de fora da localidade. Falha da literatura. HISTÓRIA. Conhecer bem a história das inter-relações e mecanismos institucionais INICIATIVAS PASSO A PASSO. Há que ter em conta o grau de maturidade do processo e do grupo, o que exige sensibilidade
PONTOS CRÍTICOS SABER LIDAR COM AS EXPECTATIVAS, em boa medida pelo fato dos resultados se darem a médio e sobretudo, longo prazo Por isso mesmo é preciso TER RESULTADOS A CURTO PRAZO COORDENADOR, EQUIPE E CONSULTORES DETERMINAR OBJETIVOS COMUNS, metas e meios logo no início do processo. Mas, desaconselho planejamento estratégico, no sentido forte da expressão, o que só deve ser feito com o processo estando em estágio mais avançado
Suzigan., Garcia,R. e Furtado,J., Governança de sistemas de MPME em clusters industriais, Rio de Janeiro, setembro 2002