UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UnU de Ciências Exatas e Tecnológicas Curso de Ciências Biológicas –Modalidade Licenciatura CDMI – Comunicação Mediada Por Dispositivo Indutor: Elemento Novo Nos Processos Educativos Mirza Seabra Toschi Acadêmica: Deborah Félix Domingos Disciplina: Novas Tecnologias da Educação Professora: Adda Daniela Anápolis, 2013

Introdução O conceito de CDMI é apresentado a partir dos termos que o compõem, analisando assim o conceito de dupla mediação e como os dispositivos tecnológicos que hoje está presente nas escolas modificam as formas de ensinar e aprender, e ainda na relação do uso da tecnologia entre professores e alunos. A facilidade de comunicação que a tecnologia promove, mudou a comunicação assim como mudou a forma de relacionar socialmente e profissionalmente, e agora tenta mudar a educação e a escola, interferindo na forma de ensinar e aprender na relação professor – aluno.

A Comunicação como Ato Social Somos comunicativos por natureza e por necessidade, a comunicação impõe-se como ato fundamental no processo social. Como seres sociais e comunicadores, temos de aceitar nossa interdependência com o outro. Não comunicação sem respeito ao outro. Assim, a comunicação refere-se à capacidade de reconhecimento do outro, é a busca de relação e de compartilhamento com o outro. É o direito de cada um de expressar-se, daí as tecnologias desta sociedade atual serem também chamadas de tecnologias de informação, comunicação e expressão.

Toda comunicação humana entrelaça duas dimensões, como uma dupla hélice: - dimensão normativa, onde estão os atos de informar, dialogar, compartilhar e compreender; - dimensão funcional, mostra o quanto nas sociedades modernas, a comunicação é absolutamente necessária para o funcionamento das relações humanas e sociais. O conceito de dupla hélice remete ainda à diferença entre a informação e comunicação. A informação significa produzir e distribuir mensagens, a comunicação supõe apropriação dessa mensagem numa relação entre o emissor, a mensagem e de como o receptor recebe essa mensagem.

Mediação na Comunicação Barbero (1995), para ele não há comunicação em abstrato, pois ela está inscrita e mediada pela cultura. A cultura é a principal de todas as mediações. Orozco Gomés (1997) destaca que toda relação entre os elementos da comunicação é mediada, ou seja, não se faz de forma direta, por isso é importante ver os contextos nos quais se dão as relações e não apenas as relações em si. No processo pedagógico a mediação é dupla. Ou seja, no processo de relação dos alunos com os conteúdos há mediação do professor e a do dispositivo a que o estudante tem acesso.

Conceito de Dispositivo Klein (2007), observa que nenhum fenômeno midiático pode ser compreendido se for abordado apenas na perspectiva unidimensional. O dispositivo midiático se compõe de um conjunto de operações, técnico- tecnológicas, semio-linguísticas, e socioantropológicas. A Comunicação Mediada por Dispositivo Indutor refere-se a processos democráticos de relação com o outro, que incluem o reconhecimento do outro em sua completude, e da forma como ele dá significado as mensagens que recepciona, ou seja, pressupõe a intercompreensão dos agentes do processo comunicativo.

Espaços Híbridos e os Celulares A possibilidade de conexão constante, possibilitada pelo celular e por outros dispositivos, transforma a experiência de espaço e inclui tanto interações sociais e físicas quanto as conexões ao espaço informacional, à virtualidade. Tem sido cada vez mais comum vermos crianças portando celulares. Estes telefones móveis vão junto com elas às escolas. Isso já basta para ser considerado como um dispositivo que já chegou às escolas. Se a escola proibi seu uso é porque já está presente nela, incomoda professores, dificulta o andamento das aulas, porem proibindo o uso do celular nas escolas o alunos burlam as regras e o usam independente das proibições.

Escola como Espaço Híbrido Gilberto Alves (2005), propõe a produção de uma nova instituição escolar, no que diz respeito à organização do trabalho didático, aos materiais de trabalho e de um novo profissional da educação, uma nova didática. É um paradoxo a escola ignorar e não deixar penetrar nela o conhecimento culturalmente significativo que circula fora dela. Necessário se faz discutir e atuar sobre a materialidade dos seus instrumentos, a organização do trabalho pedagógico, concepção de conhecimento, metodologias de ensino e a formação de professores.

Conclusão Conclui-se que há uma possibilidade de a escola se tornar um espaço híbrido, trabalhando com os profissionais da educação uma nova didática, metodologia, para adicionar de forma que desperte o interesse dos alunos a tecnologia às formas de ensinar e aprender.