Fundamentos Teóricos da Comunicação Organizacional Aula 2 Prof. Felipe Borini.

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Transcrição da apresentação:

Fundamentos Teóricos da Comunicação Organizacional Aula 2 Prof. Felipe Borini

Comunicação Organizacional

A Comunicação Empresarial pode ser vista como insumo estratégico. Caminha para assumir, na íntegra, a perspectiva da chamada comunicação integrada, com uma articulação estreita entre os vários departamentos/áreas e profissionais que exercem atividades de comunicação nas empresas ou entidades.

Comunicar Internamente o que? Novos produtos Novos processos Novos negócios Informações sobre campanhas Clientes alvo Situações concorrências Situações de exceção Procedimentos organizacionais Ações institucionais Rumos organizacionais

Qual a importância da comunicação no trabalho do gestor?

Papéis Interpessoais Papéis de Informação Dez papéis que os gerentes desempenham, segundo Mintzberg. Papéis de Decisão Figura de Proa Líder Ligação Figura de Proa Líder Ligação Monitor Disseminador Porta-voz Monitor Disseminador Porta-voz Empreendedor Controlador de Distúrbios Administrador de Recursos Negociador Empreendedor Controlador de Distúrbios Administrador de Recursos Negociador

Papéis de DECISÃO 1 – EMPREENDEDOR – O gerente é iniciador e planejador da maior parte das mudanças controladas em sua organização. 2 – CONTROLADOR DE DISTÚRBIOS – Os distúrbios são as situações que estão parcialmente fora de controle gerencial (eventos imprevistos, crises, conflitos). 3 – ADMINISTRADOR DE RECURSOS – Esse papel está presente em qualquer decisão que o gerente tome. 4 – NEGOCIADOR – De vez em quando, a organização envolve-se em negociações que fogem da rotina, com outras organizações ou indivíduos.

Papéis INTERPESSOAIS 1 – FIGURA DE PROA – O gerente age como um símbolo e representante (relações públicas) da organização. 2 – LÍDER – A liderança permeia todas as atividades do gerente, seja no trato com funcionários, clientes, fornecedores e outras pessoas. 3 – LIGAÇÃO – Envolve a teia de relacionamentos que o gerente deve manter, tanto com seus pares como sua equipe com outras, a fim de fazer o intercâmbio de recursos e informações que lhe permitem trabalhar.

Papéis de INFORMAÇÃO 1 – MONITOR – Envolve a necessidade e a capacidade de lidar com uma grande variedade de fontes de informação, que vão desde a literatura técnica até a “rádio peão”. 2 – DISSEMINADOR – Disseminação da informação externa para dentro da organização, e da informação interna de um subordinado para outro. 3 – PORTA-VOZ – Envolve a transmissão da informação de dentro para o meio ambiente da organização.

Comunicação e Estrutura Hierárquica

DE: DIRETOR INDUSTRIAL PARA: GERENTES DE DIVISÃO NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA, APROXIMADAMENTE ÀS 17 H, O COMETA HALLEY ESTARÁ VISÍVEL NESTA ÁREA. TRATA-SE DE UM EVENTO QUE OCORRE SOMENTE A CADA 76 ANOS. ASSIM, POR FAVOR, REUNAM OS FUNCIONÁRIOS NO PÁTIO DA FÁBRICA, TODOS USANDO CAPACETE DE SEGURANÇA, E EXPLICAREI O FENÔMENO A ELES. SE ESTIVER CHOVENDO NÃO PODEREMOS VER NADA. NESSE CASO, REUNAM OS FUNCIONÁRIOS NO REFEITÓRIO E MOSTRAREI A ELES UM FILME CIENTÍFICO SOBRE O COMETA.

DE: GERENTES DE DIVISÃO PARA: GERENTES DE PRODUÇÃO POR ORDEM DO DIRETOR INDUSTRIAL, NA SEXTA-FEIRA, ÀS 17 H, O COMETA HALLEY VAI APARECER SOBRE A FÁBRICA. SE CHOVER, POR FAVOR, REUNAM OS FUNCIONÁRIOS, TODOS USANDO CAPACETE DE SEGURANÇA, E OS ENCAMINHEM AO REFEITÓRIO, ONDE O RARO FENÔMENO TERÁ LUGAR, O QUE ACONTECE A CADA 76 ANOS. DE: GERENTES DE PRODUÇÃO PARA: CHEFES DE PRODUÇÃO A CONVITE DO DIRETOR INDUSTRIAL, O CIENTISTA HALLEY, DE 76 ANOS, VAI APARECER NO REFEITÓRIO DA FÁBRICA, USANDO CAPACETE PARA FAZER UMA DEMONSTRAÇÃO SOBRE FENÔMENOS CELESTES. SE CHOVER, O DIRETOR INDUSTRIAL DARÁ OUTRA ORDEM, O QUE OCORRE A CADA 76 ANOS.

DE: GERENTES DE DIVISÃO PARA: GERENTES DE PRODUÇÃO POR ORDEM DO DIRETOR INDUSTRIAL, NA SEXTA-FEIRA, ÀS 17 H, O COMETA HALLEY VAI APARECER SOBRE A FÁBRICA. SE CHOVER, POR FAVOR, REUNAM OS FUNCIONÁRIOS, TODOS USANDO CAPACETE DE SEGURANÇA, E OS ENCAMINHEM AO REFEITÓRIO, ONDE O RARO FENÔMENO TERÁ LUGAR, O QUE ACONTECE A CADA 76 ANOS. DE: GERENTES DE PRODUÇÃO PARA: CHEFES DE PRODUÇÃO A CONVITE DO DIRETOR INDUSTRIAL, O CIENTISTA HALLEY, DE 76 ANOS, VAI APARECER NO REFEITÓRIO DA FÁBRICA, USANDO CAPACETE PARA FAZER UMA DEMONSTRAÇÃO SOBRE FENÔMENOS CELESTES. SE CHOVER, O DIRETOR INDUSTRIAL DARÁ OUTRA ORDEM, O QUE OCORRE A CADA 76 ANOS.

DE: CHEFES DE PRODUÇÃO PARA: MESTRES NA SEXTA-FEIRA, ÀS 17 H, O DIRETOR INDUSTRIAL, PELA PRIMEIRA VEZ, EM 76 ANOS VAI APARECER NO REFEITÓRIO DA FÁBRICA COM O SR. HALLEY. TODO MUNDO DEVE ESTAR LÁ, POIS, VAI SER APRESENTADO O PROBLEMA DA CHUVA NA SEGURANÇA. SE CHOVER, O DIRETOR INDUSTRIAL, LEVARÁ A DEMONSTRAÇÃO PARA O PÁTIO DA FÁBRICA. DE: MESTRES PARA: FUNCIONÁRIOS TODO MUNDO DEVE ESTAR VESTIDO COM SEGURANÇA NO PÁTIO DA FÁBRICA NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA ÀS 17 H. O DIRETOR INDUSTRIAL E O SR. HALLEY, CIENTISTA FAMOSO, ESTARÃO LÁ PARA FALAR SOBRE OS FENÔMENOS DA CHUVA. CASO COMECE A CHOVER MESMO, É PARA IR AO REFEITÓRIO NA MESMA HORA. O EXERCÍCIO SERÁ LÁ, O QUE ACONTECE A CADA 76 ANOS.

DE: CHEFES DE PRODUÇÃO PARA: MESTRES NA SEXTA-FEIRA, ÀS 17 H, O DIRETOR INDUSTRIAL, PELA PRIMEIRA VEZ, EM 76 ANOS VAI APARECER NO REFEITÓRIO DA FÁBRICA COM O SR. HALLEY. TODO MUNDO DEVE ESTAR LÁ, POIS, VAI SER APRESENTADO O PROBLEMA DA CHUVA NA SEGURANÇA. SE CHOVER, O DIRETOR INDUSTRIAL, LEVARÁ A DEMONSTRAÇÃO PARA O PÁTIO DA FÁBRICA. DE: MESTRES PARA: FUNCIONÁRIOS TODO MUNDO DEVE ESTAR VESTIDO COM SEGURANÇA NO PÁTIO DA FÁBRICA NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA ÀS 17 H. O DIRETOR INDUSTRIAL E O SR. HALLEY, CIENTISTA FAMOSO, ESTARÃO LÁ PARA FALAR SOBRE OS FENÔMENOS DA CHUVA. CASO COMECE A CHOVER MESMO, É PARA IR AO REFEITÓRIO NA MESMA HORA. O EXERCÍCIO SERÁ LÁ, O QUE ACONTECE A CADA 76 ANOS.

OS FUNCIONÁRIOS COMENTANDO ENTRE ELES: NA SEXTA-FEIRA, O CHEFÃO DA DIRETORIA INDUSTRIAL VAI FAZER 76 ANOS E CONVIDOU TODO MUNDO PARA UMA FESTA ÀS 17 H, NO REFEITÓRIO. VAI ESTAR LÁ, CONVIDADO PELO CHEFÃO, BIL HALLEY E SEUS COMETAS. TODO MUNDO DEVE ESTAR DE CAPACETE PORQUE A BANDA É MUITO LOUCA E O ROCK VAI ROLAR SOLTO.

A comunicação não é só uma troca de mensagens. É uma construção de sentido. A informação é parte da comunicação e não um sinônimo.

Fatores intervenientes no processo de comunicação A imagem que o comunicador tem do receptor A imagem que receptor tem do comunicador A imagem que o receptor tem do meio utilizado O grau de credibilidade do comunicador O feedback espontâneo do receptor Pressões exercidas pelo caráter público do conteúdo Pressões ou exigências da mensagem Pressões ou limitações do meio de comunicação Fatores referentes as fontes: habilidade comunicadora; atitudes; nível de conhecimento e sistema socio-cultural Fatores referentes aos receptores: habilidades de decodificação e retroalimentação, atitudes, nível de conhecimento e sistema socio- cultural

COMUNICAÇÃO E ESTRUTURA Comunicação de Cima para Baixo 1.Implementação das metas estratégicas 2.Instrução e Lógica de trabalho 3.Procedimentos e Práticas 4.Feedback sobre o desempenho 5.Doutrinação

COMUNICAÇÃO E ESTRUTURA Comunicação de Baixo para Cima 1.Problemas e exceções 2.Sugestões para melhorias 3.Relatórios sobre as atividades 4.Queixas e disputas 5.Informações financeiras contábeis

COMUNICAÇÃO E ESTRUTURA Comunicação Horizontal 1.Resolução de problemas interdepartamentais 2.Coordenação interdepartamental 3.Iniciativas e mudanças

Perspectivas Teóricas da Comunicação Organizacional

Três Perspectivas de Comunicação Organizacional segundo Daniels, Spiker e Papa, )Modelo Funcional Mais antigo A comunicação organizacional nessa perspectiva é tida como uma atividade cujo comportamento pode ser medido, padronizado e classificado

Três Perspectivas de Comunicação Organizacional segundo Daniels, Spiker e Papa, ) Modelo Interpretativo Entende a organização como cultura // fenômeno subjetivo A perspectiva interpretativa concentra-se no processo simbólico através do qual a realidade organizacional é socialmente construída. E essa realidade organizacional é socialmente construída através da comunicação

Três Perspectivas de Comunicação Organizacional segundo Daniels, Spiker e Papa, ) Modelo Crítico Entende a organização como instrumento de opressão A comunicação nessa perspectiva é tida como instrumento de dominação.

Perspectiva Funcional

A Comunicação Organizacional na Perspectiva da Administração Contemporânea das Teorias dos Sistemas e Contingencial

Teoria dos Sistemas e Contingencial

Pensamento Sistêmico Linearidade vs Complexidade

Pensamento Sistêmico Complexidade = Interdependência & Multiplicidade de Causas e Consequências

RH MKT FIN PROD

Retroalimentação Pensamento Sistêmico: Conceitos

Não existe uma única maneira certa da organização atingir uma situação estável. Existem diferentes modos de adaptação Pensamento Contingencial: Conceitos

Teoria da Contingência Adaptação Nada é absoluto nas organizações ou na Teoria Administrativa.

Comunicação Organizacional na lógica Sistêmica e Contingencial A importância da informação e comunicação como instrumentos e processos poderosos para a realização das potencialidades estratégicas e para a ampliação e integração das estruturas organizacionais. É por meio da comunicação e informação que as organizações desenvolvem funções, tomam decisões e estabelecem contatos com clientes, fornecedores e parceiros.

Função da Comunicação Organizacional Estratégica A comunicação, no ambiente da complexidade, só irá concretizar o seu papel de ferramenta estratégica de gestão quando a empresa criar os verdadeiros canais para que a comunicação realize o seu princípio social básico, ou seja, o seu caráter democrático de permitir que todos os indivíduos possam compartilhar idéias, comportamentos, atitudes e, acima de tudo, a cultura organizacional.

Os limites da visão funcional da comunicação Nas abordagens que tradicionalmente dominam no âmbito da comunicação empresarial, o objetivo primordial da empresa é buscar a melhor mensagem e o melhor meio para estabelecer contatos com os públicos-alvo, visando: mudar modos de pensar, influenciar decisões, modificar os subordinados para o alcance dos objetivos organizacionais, anunciar eventos, vender alguma coisa e eliminar conflitos. Entretanto, somente essa visão não se sustenta de maneira eficiente nos dias atuais pelo seu reducionismo e simplismo diante da complexidade do mundo das organizações

Comunicação como Cultura e Comunicação como Poder

Comnicação e a Cultura do País

A tipologia de culturas de alto e de baixo contexto de Hall

Comunicação e Cultura Corporativa

Wal-Mart O Wal-Mart é, de qualquer ângulo que se olhe, é um fenômeno de dimensões avassaladoras. Uma corporação que desperta admiração, temor e espanto. Sua cultura empresarial -- baseada em simplicidade -- não tem paralelos. Aos olhos do mundo fica difícil entender como a maior empresa do planeta continua a cultivar hábitos interioranos. No Wal-Mart, altos executivos trabalham em escritórios sem janelas. Ninguém viaja na classe executiva e os quartos dos hotéis são sempre compartilhados. A ostentação é quase um pecado. O culto à família e à moral protestante faz parte do negócio. O Wal-Mart é mais que um empreendimento. É quase uma religião, cujo princípio fundamental é ganhar dinheiro -- muito dinheiro.

A multinacional americana XIS era uma das grandes concorrentes da brasileira GAMA no cenário global de softwares de celular. No fim de 2014 o grupo XIS comprou a GAMA. Essa era menor que a, mas com maior valor de mercado. Logo após a aquisição saiu no jornal corporativo da XIS: “O peixão engoliu o peixinho”. Comparava o valor irrisório da GAMA perante os ativos do grupo XIS. O clima tanto na subsidiária brasileira como nas demais subsidiárias não era nada ameno. Em menos de dois meses, o alto escalão da matriz foi totalmente dizimado. No Brasil, o cargo da presidência ficou em aberto. Para a XIS, a aquisição precisava ser justificada com resultados de curto prazo. Para tanto os cargos de diretoria, tanto da área de projetos e administrativa, acabaram sendo ocupados por executivos expatriados, respectivamente da subsidiária italiana e francesa da corporação. A sede da GAMA foi transferida para os escritórios da XIS. E se num primeiro momento os logos, a marca e a parte da comunicação no Brasil ainda designava a empresa como XIS-GAMA, num período curto já foi substituído pela nova identificação: XIS. Particularmente, a atitude do americano responsável pela operação denota a maneira como a XIS buscou impor sua cultura. O novo executivo parecia um ‘furacão’. Ele precisava demonstrar resultados e impunha uma forte e estressante cobrança e pressão sobre os funcionários. 1.O que você acha da comunicação corporativa da XIS ao adquirir GAMA? Apresente dois argumentos favoráveis e dos desfavoráveis. 2.Fora a comunicação no jornal corporativo, quais outros elementos de comunicação que o caso apresenta e que expressam o objetivo da XIS? 3.Quais serão os impactos das ações da GAMA para a futura integração com a XIS?

A empresa Beta é uma empresa que nunca se preocupou muito com os custos. O enfoque era vender bem para cobrir os custos. Os tempos mudaram. A concorrência cresceu, o país estagnou e a crise chegou. A coberta ficou curta e os pés estão de fora. É hora de mudar. Alice é a vice presidente de operações da empresa Beta. Ela está vendendo um novo processo organizacional para a sua empresa. Esse processo significa mudança do modo de trabalho e um aperto nos gastos, ou seja, redução de custos. No longo prazo algumas demissões. Contudo, o novo processo tem como projeção aumentar em 12% a produtividade da empresa, ganho essencial em tempos de concorrência acirrada. 1)Proponha um discurso convincente para que Alice “venda” o seu projeto. 2)Quais atitudes Alice e a diretoria corporativa deveriam tomar para validar o projeto e não transparecer um discurso hipócrita.