A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO PARA O TRABALHO COM AS DIFERENÇAS

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Transcrição da apresentação:

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO PARA O TRABALHO COM AS DIFERENÇAS Prof. Me. Valtenir Abreu

Algumas reflexões iniciais...

... a verdadeira diferença está no fato de que algumas limitações não podem ser percebidas de imediato. Além disso, limitação não significa impossibilidade, apenas exige um ajuste maior, e, algumas vezes, um esforço maior.

É direito e obrigação do Estado garantir acesso à educação É direito e obrigação do Estado garantir acesso à educação. Não é possível que uma escola, mesmo hoje com a existência de diferentes tecnologias voltadas para a autonomia de alunos com deficiência e com tanto debate sobre a Educação Inclusiva, possa negar acesso a um aluno por ele trazer consigo a exigência de uma adequação da escola às suas necessidades .

Também não podemos mais assistir passivamente a fatos tão recorrentes, tais como propagandas de vacinação contra a poliomielite infantil que usam frases de efeito do tipo: "Você não vai querer que seu filho fique sem futuro", ou incutir na mente popular que uma pessoa com deficiência não pode ser feliz, ser sensual, ter vida sexual plenamente satisfatória, sentir-se plenamente realizado.

E o preconceito? Existe de fato?

Por vezes, pensamos estar agindo de forma a “proteger” ou “ajudar”, quando, na verdade, estamos apenas demonstrando que não acreditamos na capacidade da pessoa com deficiência.

A sociedade, principalmente através da mídia, cria e legitima padrões físicos, estéticos, comportamentais e tantos outros, consolidando assim a visão de deficiência com impeditivo à plena realização e felicidade do ser. É preciso curar as deficiências.

Como enfrentar a aversão que algumas pessoas têm ao diferente, a qualquer indivíduo que fuja aos padrões pré- estabelecidos por sua comunidade, sociedade, família, etc.? Não é a sociedade que tem que dizer o que é normal ou anormal; cada indivíduo tem em sua própria constituição a consciência de sua (a)normalidade;

vivemos numa sociedade de aparências ...vivemos numa sociedade de aparências. Cada vez mais valorizamos a imagem, a representação que se tem a partir de uma imagem ou de outra. Essa tendência também se reflete no discurso sobre as diferenças, muito calcado na imagem;

Qual a importância da formação nesse contexto?

Na sociedade pós-moderna, há uma nova maneira de enxergar a identidade do ser: híbrida, diversa, multifacetada, calcada nas diferenças, pelo fato de ser fruto das inúmeras experiências vivenciadas. O profissional [de educação] em tempos pós-modernos deve ter em mente, inicialmente, a consciência de que a diferença está presente em todos os setores da sociedade e deve ser encarada como parte indissociável do homem atual.

Até aqui, temos falado sobre a existência de modelos e padrões socialmente elaborados e historicamente difundidos, sendo aceitos pela grande maioria da sociedade; entretanto, trabalhar com as diferenças demanda, acima de tudo, o rompimento com tais modelos e a não- aceitação da prática pedagógica como ferramenta de reprodução de discursos e práticas.

Uma escola inclusiva é aquela em que todos os alunos têm a oportunidade de aprender, segundo suas próprias capacidades (Mantoan). O professor, para trabalhar em um contexto de diferenças, precisa entender que inclusão não trata apenas de deficiências (Mantoan).

Há várias décadas a escola vem transformando as desigualdades sociais e culturais em desigualdades de resultados escolares, devido à sua " indiferença pelas diferenças ".

Quando falamos em falta de estrutura Quando falamos em falta de estrutura... é uma estrutura de escola especial que vem para não mudar nada, e esses meninos ficarem sob a responsabilidade dela? Ou é uma nova estrutura na qual os professores têm de trabalhar a partir de um referencial de ensino e aprendizagem que não é o mesmo que a escola utiliza para dar conta do processo educativo das crianças que ela considera dignas de estarem lá?

O trabalho com as diferenças é prejudicado a partir do momento em que os professores acreditam, que somente a aplicação de técnicas especiais efetivariam uma prática pedagógica necessária ao atendimento, por exemplo, de necessidades educacionais especiais.

Alguns costumes a romper Homogeneização e padronização (de pessoas, de processos, de resultados); Esperar a “estrutura adequada” para então mudar posturas e atitudes; Convencer meu aluno de que tal curso não é o “mais adequado”; Temporada de caça aos culpados;

Atitudes que podem fazer a diferença Escutar o aluno; Rever práticas, replanejar, refazer-se como professor; Não ter medo de assumir que não sei, que preciso aprender; e reconhecer que meu aluno pode me ensinar muito sobre como ensiná-lo; Provocar discussões nas instâncias competentes (colegiados, NDE, Conselhos, Reuniões de Centro, dentre outros)

“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”. Paulo Freire

referências ANDRÉ, Marli (org.). Pedagogia das diferenças na sala de aula. 7.ed. Campinas, SP: Papirus, 1999. BRAGANÇA, Soraya; PARKER, Marcelo (org.). Igualdade nas diferenças : os significados do “ser diferente” e suas repercussões na sociedade [recurso eletrônico] – Porto Alegre : EDIPUCRS, 2009. LORENZINI, Vanir Peixer. O que estamos fazendo diante das “diferenças” em sala de aula? et GT: Educação Fundamental / n.13. Disponível em http://30reuniao.anped.org.br/trabalhos/GT13-2972--Int.pdf. MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Pedagogia da Diferença (Entrevista). Disponível em: http://www.revistaeducacao.com.br/pedagogia-da-diferenca/.

MUITO OBRIGADO!!! valtenir.abreu@ufrr.br