A escola como formadora do sujeito

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Transcrição da apresentação:

A escola como formadora do sujeito

Referência Bibliográfica GUARESCHI, P. Sociologia crítica – alternativas de mudança. Porto Alegre: Mundo Jovem, 1995.

Escola A escola faz parte da superestrutura, que são instituições criadas para produzir e garantir as relações de produção. A escola é o aparelho criado pelo dominante para reproduzir seus interesses, uma ideologia. Educação: significa tirar de dentro de uma pessoa, ou levar para fora de uma pessoa, alguma coisa que já está dentro, presente na pessoa.

História da escola Grécia Antiga: Modelo manipulador: usado pelos donos do poder, para adaptar as pessoas os seus interesses. Modelo libertador (Sócrates): representava o processo de desenvolvimento da pessoa a partir dela mesma. O método era de perguntas e não de resposta.

A escola se tornou obrigatória quando começou a ser entendida como necessária para criar “bons soldados” – fábrica de soldados obedientes – formar cidadãos dóceis. Funções da escola: Preparar mão de obra para o capital Reproduzir as relações de dominação e de exploração.

A ideologia das teorias da aprendizagem Teoria Comportamental: baseada na proposta estímulo-resposta; a aprendizagem se processa através de estímulos que determinam a aprendizagem do aluno. Nesta teoria, os professores fazem as coisas, dão os exemplos, e os alunos reproduzem e repetem o que lhe é pedido. Compreensão de homem: homem = animal A quem interessa tal teoria? A quem quer um homem repetidor, reprodutor do que lhe é transmitido. A pessoa é objeto, receptor de uma ação. O saber é quantificável, é como se fosse algo concreto, objetivo e igual para todos.

Teoria Dialogal (dialética):representada por Piaget Teoria Dialogal (dialética):representada por Piaget. Esta teoria sustenta que a aprendizagem é um processo dialético, ou seja, nosso contato e apropriação do mundo se dá através dos processos de assimilação e acomodação. Na assimilação o indivíduo introjeta a realidade, assimila uma realidade, e ao mesmo tempo nossa mente acomoda-se a uma realidade externa. Esse processo cria um esquema mental, cognitivo, lógico. O aprender se dá no momento que esse esquema lógico, cognitivo, é ferido, é colocado em contradição . Nesse momento, a pessoa se obriga a se reequilibrar, a mudar o seu esquema anterior. Isso é aprender. È a superação qualitativa do esquema lógico anterior. - A pessoa é sujeito da ação - Como se ensina: fazendo perguntas, colocando elementos contraditórios no esquema já existente da pessoa. - O saber é uma experiência e, como tal, é única, singular, pessoal, irrepetível.

Nesta teoria a prática de educar se dá através do diálogo entre as pessoas, em que há uma igualdade de posições. O diálogo exige respeito total ao mundo do outro, exige verdadeira democracia.Somente quando se está ao lado do outro, que se torna possível, na pergunta e resposta a formação e reconhecimento das posições cognitivas, mentais, de ambos. Nessa reciprocidade, dá-se o verdadeiro diálogo que leva ao crescimento mútuo, ao conhecimento de esquemas lógicos subjacentes a cada um. Relato do caso Ana

Uma prática educativa dialogal leva à mudanças das relações existentes na sociedade, pois ela favorece um novo modelo de vivência social. O que leva na realidade à mudança duma sociedade são as novas práticas que são vividas e incentivadas entre as pessoas. De nada adiantam belos discursos, cheios de propósitos e palavras libertadoras se a prática é dominadora. Mas se numa escola, educadores e educando se propuserem a vivenciar e promover novas relações sociais, baseadas na igualdade, no respeito, no diálogo, então sim, essa sociedade começa a mudar.