METODOLOGIA DO ENSINO DOS ESPORTES COLETIVOS Apresentado por Carlos Alberto da Silva
Handebol
Caracterização O desenvolvimento de diferentes modalidades desportivas, tem sido influenciado por diferentes correntes do pensamento e pelos conhecimentos provenientes de múltiplas disciplinas científicas. A didática praticada nos desportos coletivos, desde de 1960 até os dias de hoje é formal e mecanicista de soluções pré-estabelecidas. Uma aula tem a seguinte abordagem: 1ª. Parte- aquecimento, 2ª. Parte-principal (onde são abordados os gestos específicos da atividade considerada, através de situações simplificadas, com ou sem oposição), e 3ª. Parte-em função do tempo utiliza-se formas jogadas (jogos reduzidos ou jogo formal). GRAÇA, OLIVEIRA, 1994
Caracterização Os Métodos de Ensino relacionados á aprendizagem de desportes coletivos priorizam a desenvolver a técnica. Segundo essa metodologia não é possível jogar sem o domínio dos fundamentos, onde depois dos fundamentos passam-se ao jogo formal, e depois, ao ensino aprendizagem da tática. a literatura mostra que os jogos desportivos coletivos à diferentes formas de ensiná-los, decorrentes de diversas interpretações e devido à influência de várias correntes e períodos históricos. SAAD, 2002 GRAÇA, OLIVEIRA, 1995
Caracterização Ao longo dos anos diferentes metodologias de ensino foram utilizadas no processo de ensino dos jogos desportivos coletivos. Algumas foram e ainda estão sendo mais aplicadas nesse processo, dentre elas, destaca-se: Metodologia Tradicional Metodologia da Série de Exercício Metodologia de Série de Jogos Metodologia Crítico-Emancipatória Metodologia Estruturalista
Metodologia Tradicional Ela favorece a prática inconsciente da atividade, levando o aluno a automatização do gesto esportivo, devido ao número excessivo de repetições 1. O processo de ensino-aprendizagem divide-se em três momentos quanto ao método empregado: global, parcial ou misto 2. Em um primeiro momento ensina-se a ação técnica (método parcial) Em um segundo momento ensina-se a ação tática (método misto) E num terceiro momento procura-se juntar os fundamentos técnicos e táticos no jogo propriamente dito (método global) Utiliza-se nas aulas as mais diversas formações: colunas, fileiras ou pequenos grupos. 1.FERREIRA, SAAD. 2002
Metodologia Tradicional As ações são centralizadas no professor, onde ele tem o controle da aula, onde há fragmentação dos elementos do jogo. A avaliação é realizada pelo professor através da comparação entre os grupos. A vantagens desse método são: a facilidade na aprendizagem da técnica, na organização e planejamento da aula devido a diversidade de educativos. A desvantagem é a aula ser monótona, devido ao número de repetições altos, onde a abordagem técnica inibe as situações reais de jogo, além de privilegiar os mais aptos. FERREIRA, 1984
Metodologia de Série de Exercícios É também conhecida como método analítico. Caracteriza-se pelo ordenamento de exercícios que estão regidos pelos princípios metodológicos: Do conhecido para o desconhecido = das partes ao todo Do difícil para o fácil = diminuição da ajuda Do simples para o complexo = aproximação gradativa Divisão do movimento em fases funcionais GRECO, 1998
Metodologia de Série de Exercícios Nesta metodologia compreende-se uma série de formas de exercícios na metodologia do jogo, organizada segundo pontos de vista metodológicos 1. Seu objetivo é que a criança aprenda a técnica de movimentos para poder atuar no jogo 2. Através das formas simplificadas da técnica do jogo, aperfeiçoado gradativamente e valendo-se de uma infinita combinação de exercícios metodológicos, consegue-se o domínio necessário das técnicas para poder jogar 2. 1.DIETRICH, DÜRRWÄCHTER, SCHALLER, SAAD, 2002
Metodologia de Série de Exercícios Há duas desvantagens: A primeira é quanto aos exercícios realizados para a correção da técnica, onde a seqüência metodológica dos exercícios analíticos melhora a técnica, porém, quando a criança procura transpor as ações do jogo, é sobrecarregada pela quantidade de tarefas de percepção e tomada de decisões. A segunda é com relação a visão negativa da metodologia analítica, em que os isolamento das partes deixa sem efeito a dramaticidade do jogo, o que faz com que se perca a motivação para a aprendizagem. SAAD, 2002
Metodologia de Série de Jogos É a mais importante série metodológica no conceito recreativo do jogo esportivo 1. Esta metodologia surge em contraposição à idéia mecanicista 2. A série de jogos é utilizada com a intenção de possibilitar conhecimentos básicos do jogo final com a ajuda de membros isolados da série e, assim, desenrolar pouco a pouco o jogo complexo. 1. DIETRICH, DÜRRWÄCHTER, SCHALLER, SAAD, 2002
Metodologia de Série de Jogos Na série de jogos os praticantes aprendem jogando o correto comportamento tático como indivíduos e como membros de uma equipe, onde conhecerão as regras do jogo. Seu objetivo é resgatar os valores positivos da metodologia analítica aliada ao método do confronto direto. Sua maior vantagem é jogar desde o princípio. Mas, alenta construção do jogo, através da seriação dos jogos, constitui a grande desvantagem desta metodologia. SAAD, 2002
Metodologia Crítico- Emancipatória Nesta metodologia, além de ensinar os esportes na educação física escolar pelo simples desenvolvimento de habilidades e técnicas, deverá ser incluído conteúdo de caráter teórico-prático, que além de tornar o fenômeno esportivo mais transparente, permite aos alunos melhor organizar a sua realidade de esporte, movimentos e jogos de acordo com as suas possibilidades e necessidades. Os alunos interagem na aula, não somente na realização das atividades mas também na elaboração das mesmas, podendo haver mudanças nas regras, na forma e na maneira de desenvolvê-las na prática. Estarão repensando a prática, utilizando-se de argumentos que os farão pensar para depois agir e, conseqüentemente, mudar. KUNZ, 1994
Metodologia Crítico- Emancipatória Por isso, o conteúdo para o ensino dos esportes não pode ser apenas prático. A realidade do esporte deve deves em quando ser problematizada para tornar transparente o que ela é, e saber decidir sobre o que ela poderia ser. KUNZ, 1994
Metodologia Estruturalista Tem como principal característica a realização de modificações estruturais no jogo, que reduzem sua complexidade (simplificação das regras, número de jogadores, modificação do espaço de jogo, etc.) 1. Mesmo com essas modificações, os objetivos e elementos essenciais do jogo são conservados 1. Seu objetivo consiste em desenvolver no praticante disponibilidade motora e mental, que transcenda largamente a simples automatização de gestos e se centre na assimilação de regras de ação e princípios de gestão do espaço de jogo, assim como de formas de comunicação entre os jogadores 2. 1.SAAD, GARGANTA, 1995
Metodologia Estruturalista Suas vantagens, são que as ações técnicas e táticas são compreendidas desde o início do processo de ensino-aprendizagem. As atividades apresentam desafios, possibilitando que o aprendiz tenha participação direta na resposta (execução da tarefa) e desenvolver a sua capacidade de jogo. A principal desvantagem é que o processo de ensino-aprendizagem é mais lento. Além disso, as montagens da atividade dependerá da experiência de ensinar. SAAD, 2002
Ciclos de Desenvolvimento Profissional Além de se escolher a metodologia que mais se enquadre a sua realidade, justamente, para sabermos utiliza-la e qual utilizar, todo profissional deve participar em programas de formação continuada, afim de buscar atualização e aperfeiçoamento profissional. Assim, o percurso profissional é marcado por acontecimentos positivos e negativos, marcando a passagem de uma etapa para outra, ocasionando o surgimento de estágios ou ciclos de desenvolvimento profissional.
Ciclos de Desenvolvimento Profissional Os Ciclo de Desenvolvimento Profissional compreendem as perspectivas de crescimento profissional (que compreende o crescimento individual), profissionalização (que é resultado do processo de aquisição de competência, eficácia de ensino e da organização do processo de ensino- aprendizagem) e a socialização profissional ou a socialização do professor (que é a adaptação do professor com seu meio profissional em termos normativos e interativos). GONÇALVES apud FARIAS, 2000